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Reflexos da pandemia: desemprego e mais informalidade

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua) divulgada pelo IBGE no último dia 31 trouxe uma estatística preocupante: a taxa de desemprego no Brasil ficou em 14,2% no primeiro trimestre deste ano, o que equivale a 14,3 milhões de pessoas no país. Essa foi a maior taxa já registrada para o trimestre desde 2012, quando a pesquisa foi criada. Isso afeta todos os estados, incluindo o nosso Rio de Janeiro, que já vem sofrendo com a perda de empresas e indústrias.

Outro dado que chamou atenção na pesquisa é o do crescimento da informalidade em todo o país: a taxa de ocupação aumentou 2%. Sem dúvida, mais um reflexo direto da pandemia. Devido às restrições sanitárias muitas empresas acabaram não resistindo e fecharam as portas, e como saída milhares de profissionais migraram para a informalidade em busca de garantir o sustento de suas famílias.

Precisamos pensar em políticas públicas que vão ajudar o Rio de Janeiro, ou seja, os cidadãos fluminenses, a reverter esse quadro a curto, médio e mesmo a longo prazo. Quando foi publicado o decreto do governo do Estado estabelecendo o super feriado de dez dias (de 26 de março e 4 de abril), propus uma emenda ao projeto de lei solicitando que se adotasse o ponto facultativo ao invés do feriado. Isso porque o prejuízo para empresas e estabelecimentos comerciais e de serviços não essenciais se torna maior com a interrupção dos trabalhos e a obrigatoriedade do pagamento de salário em dobro, como exigido por lei nos feriados.

A antecipação de feriados também afetou os municípios que não estabeleceram tantas restrições quanto o Governo do Estado, mas que tiveram que seguir a regra. Já a adoção do ponto facultativo ajudaria a desafogar os empresários no curto prazo, principalmente, no período próximo ao feriado da Páscoa. Devemos ter muita sensibilidade para pensar em saídas medidas simples como essa, mas que geram impacto significativo na sociedade.

Devemos também pensar em projetos maiores visando o futuro, como iniciativas que tornem o Rio de Janeiro mais atrativo para grandes empresas ou que permitam desenvolver o potencial de negócios em cada região, com fomento e ações de capacitação profissional que tragam estímulo à indústria, ao comércio e aos serviços em geral.

O brasileiro e o fluminense, em especial, sempre vão encontrar um jeito de sobreviver, se reinventar, recriar. O desafio é transformar essa capacidade criativa em políticas públicas estruturadas que vão fazer nosso Estado começar a emergir e voltar a ser o que era, com a importância que sempre teve no país.

Felipe Peixoto

Durante seus mandatos, Felipe aprovou mais de 100 leis e presidiu importantes Comissões, como a do Foro e Laudêmio e a da Linha 3 do Metrô. Como Secretário de Estado, Felipe foi responsável por inúmeras realizações e projetos que beneficiaram todas as regiões do RJ. 

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