A poucos dias, o jornal O Globo publicou uma matéria sobre a questão da cobertura de saneamento em Niterói que, apesar de alcançar 90% das residências, ainda são despejados 80 litros de esgoto por hora em córregos, rios e lagoas.
Um estudo da concessionária Águas de Niterói, em parceria com a Secretaria municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos e o Instituto Estadual do Ambiente (o Inea) apontou que esses 10% dos imóveis restantes não estão conectados à rede de esgoto e, quando muito, utilizam ligações clandestinas.
Quando fui vereador, elaborarei o Projeto de Lei nº 111/2005, que logo foi aprovado e tornou-se a Lei nº 2.370 de 20 de julho de 2006, que obriga todas as edificações de Niterói a estabelecerem conexão com a rede coletora de esgotos sanitários.
Foram fiscalizadas casas no entorno da Lagoa de Piratininga, no Jardim Imbuí, no Maravista e nas bacias dos rios Arrozal, Santo Antônio e Jacaré. E a questão maior está na falta de conscientização dos moradores da necessidade de fazerem a ligação.
Atualmente, dos dez municípios do estado que constam do último ranking da ONG Instituto Trata Brasil – que avalia o saneamento nas cem cidades mais populosas do país – Niterói aparece na 14ª posição, muito à frente do Rio, que amarga um modesto 56ª lugar.
É preciso, sim, chegar aos 100% de tratamento de esgoto, mas é fundamental que haja a conscientização de todos para estarem devidamente legalizados com suas conexões. O tratamento de esgoto é muito importante para a preservação do meio ambiente, e indispensável para a saúde humana.