Iniciativa pode diminuir a poluição das lagoas, rios e baía, aumentar o investimento em novas obras e consequentemente a geração de novos empregos
Essa semana foi marcada por uma importante ação do governador do Rio, Cláudio Castro: o leilão da maior concessão de infraestrutura de saneamento básico da história do país! As empresas Aegea e Iguá venceram o pregão da Cedae, que rendeu ao estado R$ 22,6 bilhões. A ação foi a saída que o governo encontrou não só para a melhoria dos serviços de distribuição de água, mas também para a universalização da coleta e tratamento de esgoto para a população fluminense.
A iniciativa possibilitará ainda sanar o passivo ambiental, diminuindo a poluição das nossas lagoas, rios e baía e aumentando a geração de empregos e a capacidade do estado em fazer investimentos em novas obras. Importante lembrar que a Cedae continuará existindo, por meio da captação e venda de água para os concessionários.
No entanto, ao mesmo tempo que comemoro, registro a minha preocupação com a capacidade de investimentos das concessionárias. Cabe agora à Alerj e à agência reguladora a fiscalização do cumprimento desses contratos, cláusula por cláusula. E é claro que é possível dar certo. Em Niterói temos um exemplo de concessão de sucesso do segmento, a Águas de Niterói. E digo isso com conhecimento desse assunto que domino, pois foi tema da conclusão do curso da minha graduação e também da pós-graduação.
Vale destacar que o sistema de concessão pode gerar benefícios ao país, permitindo que os grandes investimentos necessários para o desenvolvimento do setor sejam feitos, sem deixar de lado a eficiência e a excelência operacional, a qualidade e a inovação na prestação dos serviços. Para isso, é preciso que o poder público e a iniciativa privada se unam para dar os primeiros passos em favor da mudança.
Foto: Breno Carvalho