Ainda falta tirar a promessa do papel, mas o compromisso de limitar o aquecimento global a 1,5º C, assumido pelos quase 200 países que participaram da COP26, é alentador. A conferência realizada pelas Nações Unidas em Glasgow, na Escócia, consolidou os termos do Acordo de Paris, de 2015, e pode ser um importante avanço no combate às dramáticas mudanças climáticas que temos observado.
Igualmente importante é a diminuição de fontes poluentes de energia, sobretudo carvão e combustíveis fósseis. A pressão da China e da Índia evitou que se falasse explicitamente em abandono destas matrizes, mas é importante ver que o texto final já trata da redução das vilãs da energia.
As discussões de Glasgow se somam às que acontecem em Barcelona, durante a Smart City Expo, e convergem no sentido da busca por alternativas inteligentes e inovadoras para a vida em sociedade.
Vim para a capital da Catalunha na condição de Coordenador de Cidade Inteligente da cidade do Rio de Janeiro, à frente do órgão vinculado à estrutura do Gabinete do Prefeito Eduardo Paes.
É no nosso Centro de Operações que observamos algumas das consequências da acelerada alteração climática por que o mundo passa, na forma de temporais fora de época e com volumes de água cada vez maiores.
Já se sabe que o ciclo da água tem relação com o clima, e que alterações como as que temos verificado mundo afora podem levar ao aumento de inundações e estiagens prolongadas. Como consequência destas mudanças pode estar até uma crise no suprimento dos recursos hídricos.
Especialistas garantem que os acordos da COP26 são a grande – talvez, última – oportunidade que o mundo tem para reparar os danos à natureza. Para a ciência, a próxima década será decisiva na luta contra o aquecimento global.
Está mais do que na hora de o mundo se unir, ainda que movido pelo instinto de sobrevivência.