À frente da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca (Sedrap), Felipe Peixoto deu mais um passo para a implantação da Cidade da Pesca, complexo pesqueiro que a ser construído em uma área de 630 mil metros quadrados de Itaoca, em São Gonçalo. O Governo do Estado a seu pedido decretou a utilidade pública do terreno de 50 mil metros quadrados na Praia da Beira (quase 10% da área total) para a construção do Terminal Pesqueiro Público do Estado do Rio de Janeiro (TPP). O empreendimento integra o projeto da Cidade da Pesca, complexo pesqueiro que vai criar, pelo menos, 10 mil novos empregos diretos e duas empresas âncoras, retomando os investimentos na indústria pesqueira do estado.
A instalação do TPP será fundamental para que o município possa recuperar seu desenvolvimento econômico, e a Cidade da Pesca é um mega projeto que visa atrair de volta para o Rio de Janeiro indústrias pesqueiras que nas décadas de 80 e 90, com a falta de incentivos no segmento, migraram para o sul do país.
Desde a desativação do terminal da Praça XV, em 1992, a indústria pesqueira fluminense tem perdido posições no setor. O terminal será a porta de entrada do complexo pesqueiro que utilizará a estrutura feita no local pela Petrobras para o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj): o píer e a estrada para desembarque de equipamentos especiais de grandes dimensões e peso, os chamados Ultra Heavy Over Size ou Uhos. Na unidade será realizado o desembarque do pescado a ser processado ali mesmo, na Cidade da Pesca.
A Cidade da Pesca prevê também a implantação do Condomínio Industrial Pesqueiro Sustentável, contava a época com duas empresas âncoras pretendentes. Uma delas é a Crusoe Foods, com sede no Chile e presente em 23 países da América, entre eles o Brasil. A multinacional pertence à holding espanhola Jealsa-Rianxeira – primeira da Espanha, segunda da Europa e quarta do mundo no segmento de conserva de pescado – que ocupará uma área de 100 mil metros quadrados para fixar uma indústria no local. A parceria trará para o estado cerca de R$ 60 milhões em investimentos, com a oferta de 1.500 novos empregos diretos, a maioria para mulheres. A outra empresa é o Estaleiro Tecnológico de Itaoca (Esteit), que vai gerar 600 empregos diretos. Há ainda outras dez empresas que sinalizaram interesse em se instalar no complexo.
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