A Prefeitura de Niterói anunciou esta semana o começo da segunda etapa das obras de construção do Parque Orla Piratininga (POP), na Região Oceânica. O empreendimento prevê diversas medidas até 2022, como a recomposição vegetal da orla, a implantação de espaços e equipamentos de lazer e esporte com um sistema cicloviário e a urbanização da Via Chico Xavier. Comemoro o início dessa nova fase e aqui destaco o meu compromisso com a população de fiscalizar sua execução, bem como a conclusão da etapa já iniciada. Vale ressaltar também que, apesar da promessa de melhorias urbanísticas e para o meio ambiente, as obras geram preocupação justamente devido aos impactos ambientais.
No fim do ano passado, a Comissão de Saneamento Ambiental (Cosan) da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) já havia solicitado junto ao Ministério Público do Estado do Rio o embargo das obras após encontrar indícios de que os trabalhos no canteiro estariam colocando em risco a fauna existente no local. As obras seguiram, mas nós permanecemos atentos.
No mês passado enviei um requerimento à Mesa Diretora da Alerj solicitando que fosse dirigido questionamentos ao INEA (Instituto Estadual do Meio Ambiente), sobre o licenciamento das obras da Lagoa de Piratininga. Pedi a cópia de qualquer processo de licenciamento, já concluído ou não, das obras realizadas pela Prefeitura na lagoa e seu entorno, assim como a cópia do documento de concessão que transferiu a gestão das lagoas oceânicas de Niterói para o município.
Sou defensor das causas ambientais e sempre me dediquei muito à preservação da Lagoa de Piratininga. Obras que promovam melhorias são sempre bem-vindas, mas não há mais espaço hoje em dia para o desenvolvimento sem responsabilidade socioambiental. Cidades inteligentes são aquelas que conseguem alinhar de forma sustentável a criação de estruturas e do mobiliário urbano com a preservação da fauna e flora de uma região ou espaço. Sigo aguardando o retorno do INEA e fiscalizando as ações que estão sendo implantadas.