Blog

O custo das obras dos aeroportos brasileiros aos cofres públicos

O Fantástico começou, recentemente, a exibir uma série de reportagens sobre os bilhões de reais desperdiçados na infraestrutura do país causados, em suma, pela falta de um bom planejamento nos projetos executivos. No domingo passado (02), o quadro ‘Brasil, quem paga é você’ mostrou as irregularidades que cercam os aeroportos brasileiros.

O Tribunal de Contas da União (TCU) apontou uma série de irregularidades em obras no Espírito Santo e São Paulo, que vão precisar de mais de R$ 30 bilhões em investimentos até 2030 para dar conta da demanda de passageiros, cada vez maior.

No aeroporto de Vitória, a capital capixaba, o caso terminou na justiça depois que o TCU descobriu um rombo de aproximados R$ 44 milhões nos orçamentos e determinou que a Infraero descontasse esse valor dos futuros pagamentos ao consórcio responsável pelas obras que, por sua vez, não aceitou as condições e rompeu o contrato.

Já em Guarulhos, São Paulo, no maior aeroporto do país, a pressa foi inimiga da perfeição. Depois de uma obra construída sem muita segurança, para cumprir prazos, a estrutura do prédio foi abalada e, antes mesmo da inauguração, o teto desabou e o terminal está isolado do resto do aeroporto. Apelidado de ‘puxadinho’, o terminal 4 custa aos cofres públicos exatos R$ 86 milhões de reais.

Uma pesquisa feita pelo Fórum Econômico Mundial para avaliar a qualidade dos aeroportos, realizada em 142 países, apontou o Brasil na 122ª posição. Conclui-se, com isso, que não há nenhum aeroporto no Brasil dando conta do número de passageiros. Daí as filas intermináveis, os atrasos, os voos cancelados…

Minha opinião é de que a falta de pessoal no Brasil, para viabilizar os projetos, pressupõe ordenamento do próprio Estado no sentido de planejar de forma antecipada, com apoio de técnicos para dar a devida assistência.

Há, hoje, no Brasil, 58 obras de aeroportos em andamento, incluindo os 15 maiores do país. O número de passageiros de avião cresce a uma margem de 11% ao ano. Com isso, somam-se 200 milhões de embarques anuais, número que deverá ser maior que o dobro, em 2030.

A saída encontrada pelo governo, para dar conta dos investimentos necessários e garantir um sistema aeroportuário adequado, é transferir a responsabilidade das ampliações de alguns desses aeroportos para a administração privada, como ocorre em Guarulhos, Viracopos e Brasília.

Felipe Peixoto

Durante seus mandatos, Felipe aprovou mais de 100 leis e presidiu importantes Comissões, como a do Foro e Laudêmio e a da Linha 3 do Metrô. Como Secretário de Estado, Felipe foi responsável por inúmeras realizações e projetos que beneficiaram todas as regiões do RJ. 

 Leia mais sobre Felipe

Facebook
LinkedIn
Twitter
WhatsApp
Email

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

  • Palavra-Chave

  • Tipo

  • Tema

  • Ano

  • Cargo