A locomoção segura se tornou um grande desafio por conta da pandemia da Covid-19. A lotação nos transportes públicos oferece riscos reais de contaminação da doença, e por isso muitos brasileiros têm recorrido a meios alternativos. Segundo estudo do Itaú Unibanco, o faturamento das empresas que fabricam e vendem bicicletas aumentou 54% no ano passado, reforçando que precisamos investir mais e mais em políticas públicas para fomentar esse tipo de transporte.
Quando vereador em Niterói, criei o Estatuto da Bicicleta para estimular o uso seguro das bikes como transporte, incluindo as elétricas. Esse ano comemoramos uma década desta lei inovadora no país, que serviu de modelo para outros municípios. A lei previu até a ampliação da malha cicloviária na cidade, com sinalização e regulamentação de estacionamento, o que ainda não ocorreu. E isso quando nem se tinha a cultura da bicicleta como transporte. Um projeto diferenciado em um dos segmentos prioritários na minha trajetória política: smart cities.
Outro bom exemplo de incentivo às bicicletas vem da Prefeitura de Maricá, que neste mês de março passou a disponibilizar bikes para o transporte da população. Basta se cadastrar na Empresa Pública de Transporte, já com cinco estações na região central da cidade para a retirada gratuita.
Entre as inúmeras vantagens, a bicicleta não provoca danos ao meio ambiente e nesse período de pandemia tem sido muito eficaz. Além de alternativa de transporte, ela serve para que as pessoas se exercitem e façam atividades ao ar livre, em um contexto de restrições sociais necessárias para diminuir o contágio da Covid-19, muito contribuindo até para a saúde mental. E assim a bike vai assumindo cada vez mais um lugar de protagonista diante dos desafios enfrentados com a pandemia.
Vale destacar ainda os benefícios econômicos: a bicicleta é um meio de transporte gratuito e de custo quase zero, apenas com manutenção. No momento em que o combustível já sofreu seis aumentos em menos de três meses, brasileiros recorrem cada vez mais às bikes para economizar. É mesmo um alívio para o bolso…
Agora, como deputado estadual, reafirmo o meu compromisso de seguir na defesa desse meio de transporte, com ações de incentivo ao seu uso e a adoção de medidas de proteção ao ciclismo e aos ciclistas. Afinal, embora seja um veículo comum no nosso país, ainda há carência de investimentos e projetos, como a criação e manutenção das ciclovias e ciclofaixas e o estímulo ao respeito por parte dos condutores. Juntos, cidadãos e autoridades, podemos reverter esse quadro e tornar o nosso Estado amigável à prática do ciclismo como alternativa de transporte, esporte, competição e no dia a dia em geral…