Pesquisa do GPP não descarta segundo turno em Niterói

Mais da metade dos eleitores niteroienses não querem a reeleição do prefeito Rodrigo Neves (PV). É o que aponta a pesquisa do Instituto GPP, divulgada nesta quarta-feira, dia 28, e realizada nos últimos dias 24 e 25, uma semana antes das eleições que acontecem neste domingo, 2. Embora a leitura generalizada sinalize a possibilidade de reeleição do candidato com 55% dos votos válidos, a pesquisa mostra que, na intenção de votos, a diferença para os outros três candidatos é de apenas 6,6%. Felipe Peixoto (PSB) aparece em segundo, com 20,2%; seguido à distancia por Flávio Serafini (PSOL), com 8,7%; e por Dani Bornia (PSTU), com 0,9% dos votos, numa soma de 29,8% contra os 36,4% alcançados por Rodrigo. Os quase 34% (um terço da população) restantes pretendem votar branco ou nulo, ou ainda não sabem em quem votar.

Na soma dos 29,8% de votos dos três candidatos com os quase 34% indefinidos (12,1% de indecisos e 21,7% avaliando se vota branco ou nulo), 64% não expressam a vontade de reeleger o atual prefeito. Outro dado importante da pesquisa, que contribui para haver segundo turno, é que 75,9% da população ainda não sabem que Rodrigo Neves está citado na investigação da Lava Jato da Polícia Federal. De acordo com o engenheiro Francisco Guimarães, dono do GPP que tem especialização em estatística, os que ainda não se posicionaram é que vão definir nas urnas se Niterói terá ou não segundo turno.

– A decisão depende do eleitor que não está votando em ninguém resolver votar. O segundo turno será definido pelos indecisos, principalmente os insatisfeitos com a atual administração. Isso é fato – garante o dono da GPP, Francisco Guimarães.

Citação na Lava Jato – À frente na pesquisa do GPP, Rodrigo Neves aparece na delação premiada do empreiteiro Ricardo Pessoa, financiador das campanhas do candidato desde o tempo de vereador pelo PT. Um dos primeiros a ser preso e condenado por sua participação na Lava Jato, Ricardo é dono de empresas como a UTC Engenharia, beneficiadas com diversas obras municipais. Uma delas é a TransOceânica, cuja licitação orçada em R$ 170 milhões foi cancelada por decreto do prefeito Rodrigo Neves, que entregou a obra à Constran por meio de regime diferenciado de contratação (que dispensa projeto básico), por mais que o dobro do valor anterior: R$ 350 milhões.

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Governo tem avaliação negativa – Pela mesma pesquisa, 66,4% dos eleitores entrevistados avaliam o governo do candidato à reeleição como regular ou ruim, e 2,3% não souberam responder. Em relação à segurança, maior demanda dos niteroienses, 60% do eleitorado afirmaram que a situação piorou nos últimos quatro anos. Em relação à Lava Jato, dos 24,1% (praticamente um quarto dos entrevistados) que sabem que Rodrigo Neves está citado na investigação, a intenção de voto para o candidato cai para 19%, com apenas 5% mantendo o voto no prefeito. Nesse cenário, Felipe aparece com 30,4% dos votos; Flávio Serafini, com 14,4%; brancos e nulos correspondem a 26,3%; e 9,9% não sabem ou não responderam.

– Infelizmente, a população ainda desconhece que Rodrigo Neves aparece na delação premiada do Ricardo Pessoa. Tudo isso é revoltante, mas não vamos conseguir mudança votando branco ou nulo, e a pesquisa mostra bem isso – afirma o delegado da Polícia Federal Antônio Rayol, vice na chapa de Felipe Peixoto e que terá como missão coordenar as ações de combate à violência e a criação de uma corregedoria para investigar os contratos da atual gestão.

A pesquisa – Dos 700 eleitores ouvidos pelo GPP, 44,1% foram na região das Praias da Baía (Centro e Zona Sul); 29% na Zona Norte; 12, 2% em Pendotiba; e 14,7% na Região Oceânica. Descartando os indecisos, o percentual dos que não votariam de jeito nenhum no candidato que aparece em primeiro chega a 51,5%, com outros 48,5% tendo o voto definido. Para Felipe Peixoto, que aparece em segundo lugar em todas as pesquisas realizadas até agora, o percentual de votos brancos e nulos é muito alto. “Esses percentuais estão fora dos padrões de tudo o que acompanhamos nesses 30 anos de militância política. São 34% de indecisos, brancos e nulos, e mesmo que este um terço votasse, é claro que não iria tudo para o mesmo candidato. Por outro lado, vemos o percentual de votos consolidados ainda abaixo de 50%. Então, seguimos trabalhando para reverter parte dos votos nulos e brancos, e na certeza de que uma parte dos votos dos indecisos virá para a nossa coligação, o que nos levará à disputa do segundo turno”, avalia Felipe Peixoto.

Aparecendo em segundo lugar em todas as pesquisas, Felipe diz ser compreensível o desânimo da população em sair de casa para votar, diante da corrupção na política brasileira que veio à tona com a Lava Jato.

– Nesse quadro, muita gente pensa em protestar, e equivocadamente acha que a forma é votando nulo ou branco. Mas essa não é a melhor opção para a real mudança. Ao contrário, fortalece quem está na administração, até os envolvidos na Lava Jato, como o atual prefeito. O único jeito é avaliar as propostas e o perfil de cada candidato, fazer a melhor escolha e ir às urnas para votar de verdade – alerta o candidato do PSB.

Felipe Peixoto

Durante seus mandatos, Felipe aprovou mais de 100 leis e presidiu importantes Comissões, como a do Foro e Laudêmio e a da Linha 3 do Metrô. Como Secretário de Estado, Felipe foi responsável por inúmeras realizações e projetos que beneficiaram todas as regiões do RJ. 

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