Ação é realizada em parceria com a Fiperj
Em visita à Costa Verde nesta segunda-feira, 24, o secretário de Estado de Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca, Felipe Peixoto, percorreu as cidades de Angra dos Reis e Paraty para apresentar o Projeto de Caracterização Socioeconômica da Pesca e da Aquicultura (PCSPA). O projeto tem como objetivo atender as condicionantes ambientais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para a produção e escoamento de petróleo e gás natural do Polo Pré-Sal da Bacia de Santos.
– Esse projeto é extremamente importante para obtermos informações técnicas e científicas que irão ajudar no desenvolvimento de políticas públicas para os produtores da região. Antes não havia uma metodologia de base sendo aplicada, e essa ação vai somar ao que já é desenvolvido com a Estatística Pesqueira – destacou o secretário durante os encontros.
Contratada pela Petrobras, a Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa do Agronegócio Empresa (Fundepag) é quem coordena o levantamento de dados das atividades de pesca e maricultura realizadas em quatro estados brasileiros. Um deles é o Rio de Janeiro, onde o projeto está sendo executado por técnicos da Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Fiperj), vinculada à Secretaria. Os outros são Santa Catarina, com o levantamento feito pela Universidade do Vale do Itajaí; e São Paulo e Paraná, com os projetos elaborados pelo Instituto de Pesca de São Paulo.
A coordenadora da Fiperj e responsável pelo Projeto, Maria de Fátima Valentim, explica, em detalhes, o papel da Fundepag nesse processo.
– A ideia é caracterizar as atividades de pesca e maricultura para gerar informações que permitam uma série de ações como a identificação, o mapeamento das formas organizacionais e a estrutura, assim como a logística e o perfil socioeconômico das comunidades pesqueiras artesanais e industriais e da maricultura nos 18 municípios do litoral fluminense inseridos na área de abrangência das atividades de exploração e produção da Petrobras, na Bacia de Santos.
Entre os maricultores que acompanharam a apresentação em Paraty estava Henrique Geromel de Goes, há 12 anos vivendo da atividade, os últimos 3 deles morando na cidade. Henrique entende o projeto como saída para que a gestão pública tome iniciativas de melhoria para a atividade. “A maricultura é uma atividade mais nova, e talvez por isso ainda seja menos assistida do que a pesca. Creio que essas ações vão gerar dados para embasar processos que visam a melhoria no setor. Tenho contato permanente com a Fiperj em parcerias de capacitação, e estou confiante no projeto”.
Para o presidente da Colônia Z-18 de Paraty, Marcio Alvarenga, o PCSPA será um forte aliado dos produtores não só da cidade, mas de toda a região, desde que seja um trabalho feito em conjunto. “Esse projeto, que considero como um censo, vai ajudar os pescadores e produtores rurais em questões que envolvem uma melhor assistência, por exemplo. E toda ajuda é bem-vinda. Contem conosco.”
Trabalho em grupo em busca dos melhores resultados é justamente o que defende o presidente da Fiperj, José Bonifácio.
– De nada vai adiantar todo esse processo se não houver entendimento do que será feito. Por isso a iniciativa de promover esses encontros. Todos os envolvidos no setor da pesca e da aquicultura precisam estar cientes da importância desse trabalho que deve, sim, ser realizado em conjunto – finalizou.
Ascom Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional