Projeto de cicloturismo da Sedrap desbrava riquezas históricas e pode atravessar a Baía rumo ao Centro do Rio
Em 1583, a Ponta d’Areia abrigou a primeira armação (porto destinado à caça e processamento dos produtos das baleias) da Capitania. Assim como no século XIX foi ponto de embarque das tropas de Dom João VI e cenário da sangrenta batalha entre Marinha e Exército: a Revolta da Armada do Toc-Toc. Essas e muitas outras histórias sobre o pacato bairro que abriga Portugal Pequeno – um pedacinho de Portugal em Niterói – foram revividas neste domingo, 23, no II Pedal Cultural, Projeto de cicloturismo lançado em janeiro pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca (Sedrap), o evento reuniu em segunda edição cerca de 100 pessoas em um agradável passeio sobre duas rodas.
Aliando lazer, mobilidade e cultura, o grupo foi conduzido por três professores na visita guiada que passou por pontos históricos e turísticos da região. Autor do Estatuto da Bicicleta quando ainda era vereador de Niterói, e forte incentivador do uso das bikes não só como atividade de lazer e cultura, mas como meio de transporte em prol da mobilidade urbana, o secretário de Estado Felipe Peixoto, à frente da Sedrap, destaca o sucesso do Pedal Cultural.
– Escolhemos a Ponta d’Areia por ser um bairro rico na história de Niterói, e o resultado não poderia ter sido melhor. Vamos agora levar o Pedal Cultural a outros municípios. A terceira edição será no Centro do Rio, em pontos como o CCBB, os Arcos da Lapa e a Santa Casa de Misericórdia. E já temos pedidos para realizar o evento em Rio das Ostras e Barra do Piraí.
A vontade de conhecer detalhes sobre a história é o que motiva o funcionário público Mauro Campos, 59 anos, a participar do Pedal Cultural. “Sou de Niterói, e vou continuar participando desse projeto porque ele revela muita coisa que a gente não conhece. Precisamos compreender a importância da cidade no passado”, disse.
Aula de história – A segunda edição do Pedal Cultural foi conduzida pelos professores Marcos Vinícius Varella, Rubens Carrilho (estudiosos e profundo conhecedores da história de Niterói) e Valéria Salgueiro, da Escola de Arquitetura e Urbanismo da UFF, que explicou ricos detalhes do Modernismo, movimento cultural que inspirou a construção do Terminal Rodoviário Roberto Silveira e o colégio Raul Vidal, nos idos dos anos 1950.
Ascom Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional
