Comunidade de São Gonçalo recebe censo pesqueiro conduzido pela Fiperj

Reunião em associação de moradores marca início da pesquisa em Itaoca, bairro que vai abrigar a Cidade da Pesca

A Fundação Instituto da Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Fiperj) começou, nesta quinta-feira, 14, o Programa de Caracterização Socioeconômica da Pesca e Maricultura no bairro de Itaoca, em São Gonçalo. Uma reunião com líderes de pescadores na associação de moradores do local marcou o início do levantamento que, conduzido por técnicos da Fiperj (órgão vinculado à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca, a Sedrap), vai revelar o perfil das atividades ligadas à pesca artesanal em 19 municípios do estado. A pesquisa tem importância especial para Itaoca, já que o bairro vai abrigar a Cidade da Pesca em uma área de 630 mil metros quadrados, com a geração de, pelo menos, 10 mil empregos.

Idealizador da Cidade da Pesca, quando era secretário de Estado de Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca, o deputado estadual Felipe Peixoto comemora os avanços do projeto que começou a sair do papel em novembro do ano passado, com a visita de empresários espanhóis da multinacional Crusoe Foods que já confirmaram presença no empreendimento.

– Com a Cidade da Pesca, esse setor no estado do Rio passa a ter uma nova realidade. A instalação de uma empresa como a Crusoe Foods é um marco para o setor da indústria pesqueira no país. Isso vai gerar uma perspectiva futura de investimentos muito grande. A ideia é recuperar para o estado as empresas que deixaram na década de 80 o Rio, hoje o terceiro no ranking da produção de pescado no Brasil, ficando atrás apenas de Santa Catarina e o Pará – explica o parlamentar.

Com previsão de término em março de 2015 e financiada pela Petrobras, a pesquisa inédita é a contrapartida exigida pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) para as atividades de produção e escoamento de petróleo e gás natural do Polo Pré-Sal da Bacia de Santos. Além do Rio de Janeiro, recebem o censo outros três estados da Bacia de Santos: São Paulo, Santa Catarina e Paraná. Gerente executivo do projeto no estado do Rio, o geógrafo Davi Alcântara ressalta que, além de identificar a realidade dos profissionais da pesca, a caracterização vai contribuir para a elaboração de políticas públicas que levem melhorias a diversos setores, como o social, caso de Itaoca.

– É muito importante conhecermos a realidade dos profissionais para que possamos pensar em ações voltadas ao seu bem-estar. É essencial que todos entendam ser esta a primeira vez que acontece uma pesquisa deste porte na história do Rio de Janeiro, e por isso a colaboração e a confiança são fundamentais para o sucesso desse trabalho – alerta Davi.

Um dos pescadores animados com a possibilidade de ver os dados do setor conhecidos é Carlos Alberto Inácio de Goés, de 58 anos, 30 deles dedicados à atividade. “A pesquisa será maravilhosa para saber quem é quem. Será uma forma de incentivo aos trabalhadores e, com certeza, vai trazer melhorias. E mais: vejo essa pesquisa como um canal para a gente se expressar. Sempre quisemos falar, e temos que aproveitar essa chance”, diz Carlos.

Maria de Fátima Valentim, bióloga da Fiperj e coordenadora geral do projeto no estado do Rio, confirma os ganhos da pesquisa, como o mapeamento do quantitativo de pescadores por localidade ou região.

– Este levantamento vai possibilitar o acesso a informações que vão auxiliar na geração de políticas públicas para o setor. Nosso objetivo é caracterizar não só o pescador em sua localidade, mas as condições em que ele vive, onde pesca. A Fiperj sempre quis fazer esta pesquisa, mas não tinha recursos. E agora vamos aproveitar para difundir a atuação da Fiperj, orientando os profissionais até de seus direitos – adianta a bióloga.

A pesquisa– Com formulários específicos, o mapeamento visa identificar as características da pesca, da aquicultura e da maricultura (produção artificial em ambiente marinho de seres aquáticos), como as formas de organização, infraestrutura, logística e tipos de embarcações, além de aspectos socioeconômicos, como renda familiar e estrutura de moradia. No estado do Rio, o levantamento é feito por quase 40 profissionais, sendo 28 pesquisadores contratados das mais diversas áreas (como geógrafos, advogados, assistentes sociais, biólogos e gestores ambientais) e dez técnicos da Fiperj.

Atuação – Divididos por regiões, eles iniciaram a pesquisa que abrange 19 municípios, com as ações já concluídas em Arraial do Cabo, Cabo Frio, Itaboraí, Duque de Caxias e Guapimirim. Os trabalhos estão adiantados em Niterói, Rio de Janeiro, Araruama, Mangaratiba, Itaguaí, Maricá, Iguaba Grande, Armação de Búzios e agora em São Gonçaço. As cidades onde a pesquisa está sendo iniciada são Angra dos Reis, Paraty, São Gonçalo, Magé, Saquarema e São Pedro da Aldeia.

Felipe Peixoto

Durante seus mandatos, Felipe aprovou mais de 100 leis e presidiu importantes Comissões, como a do Foro e Laudêmio e a da Linha 3 do Metrô. Como Secretário de Estado, Felipe foi responsável por inúmeras realizações e projetos que beneficiaram todas as regiões do RJ. 

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