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Participação popular na reforma política: já!

A reforma política está sendo discutida novamente no Congresso. Até o momento, a única tendência visível é na direção de se fazer um referendo da proposta aprovada. Qual será a proposta aprovada? Não se sabe. Sabe-se apenas que ela será submetida a um referendo. Isso me traz alguns questionamentos.

O primeiro deles é: por que o Congresso não pode ouvir a população antes de elaborar a proposta? Ouvir o que ela pensa é a melhor forma de orientar os trabalhos dos parlamentares. O que estamos discutindo é a maneira através da qual o Brasil vai participar do processo político. Deveríamos começar ouvindo quem tem maior interesse nisso: o povo brasileiro.

Se o Congresso ficou 20 anos para realizar uma reforma política sem obter sucesso, porque fazer tudo às pressas agora? A ida da população às ruas em junho gerou um clima de pressão grande no trabalho dos parlamentares e a resposta que a Câmara preparou é a aprovação de uma reforma a toque de caixa.

A juventude que foi às ruas deixou claro que quer participar do processo político brasileiro com mais frequência do que de 4 em 4 anos. Ela quer inclusive ter o direito de revogar o mandato daqueles parlamentares que não cumprirem o que prometeram durante as eleições. Será que os nossos representantes no Congresso estão preparados para se submeter a esse processo?

Aliás, por que não envolver cada vez mais a população nas decisões políticas do país? Desde cedo, aprendi que política não se faz sozinho, mas com um grupo de pessoas atuando em prol do bem comum. Por onde passei, sempre promovi reuniões, audiências, consultas e diversas formas de participação da população nas decisões mais importantes. Aprendi algumas coisas com isso, entre as quais gostaria de destacar:

1. Quanto mais você escuta, mais você aprende.

2. Quanto mais o povo participa das decisões, mais ele respeita e defende o que é combinado.

3. Quanto mais pessoas participam de uma decisão, mais legitimidade ela tem.

4. Quanto mais gente é ouvida, menores são as chances de errarmos.

5. Quanto mais você coloca o povo na frente, mais ele caminha ao seu lado.

Os parlamentares já discutem há muito tempo essa reforma política. O momento de dar voz ao povo nesse assunto é agora.

Felipe Peixoto

Durante seus mandatos, Felipe aprovou mais de 100 leis e presidiu importantes Comissões, como a do Foro e Laudêmio e a da Linha 3 do Metrô. Como Secretário de Estado, Felipe foi responsável por inúmeras realizações e projetos que beneficiaram todas as regiões do RJ. 

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