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Mobilidade em Niterói

Essa semana a Prefeitura de Niterói anunciou intervenções urbanas, que serão feitas através do Plano Municipal de Mobilidade Sustentável.

Segundo o IBGE de 2019, Niterói possui 513.584 habitantes. A cidade apresenta um dos melhores IDHs (Índice de Desenvolvimento Humano) do país e uma renda per capta elevada. Isso colabora diretamente com o aumento do número de veículos nas ruas, piorando ainda mais o trânsito.

Sabemos, não é de hoje, que a questão da mobilidade urbana é o maior problema da nossa cidade. Infelizmente, a prefeitura ignorou durante esses sete anos de gestão, todos os projetos de mobilidade que estavam em andamento. Foram quase sete anos de falta de planejamento e nenhum incentivo ao uso de transportes públicos, só fazendo aumentar o problema. Agora, faltando um ano para terminar a gestão, apresentam um projeto a longo prazo. Se tivessem dado continuidade aos projetos existentes, não estaríamos vivendo esse caos que vivemos hoje no trânsito de Niterói.

Não é verdade, inclusive, quando o prefeito fala que, em 40 anos não se investiu em mobilidade em Niterói. É importante lembrar que tivemos ações significativas nesse período. Pode não ter sido o suficiente, mas não devemos ignorar.

Relembrando as ações de mobilidade em Niterói

Na gestão do João Sampaio, por exemplo, foi criado o PITT (Plano Integrado de de Trânsito e Transporte), construído o Terminal Rodoviário João Goulart, centralizando as linhas de ônibus e houve também a reformulação da Visconde do Rio Branco, duplicando a via e criando a seletiva de ônibus.

Já no governo Godofredo Pinto, houve investimento no corredor metropolitano, feito em parceria com o governo do Estado; e também foi criado PDTU (Plano Diretor de Trânsito e Transporte Urbano).

Jorge Roberto Silveira iniciou o Plano Cicloviário para a cidade, implementou o corredor de BRS da Gavião Peixoto, da Roberto Silveira e da Rua da Conceição; e também, na sua gestão foi elaborado o Projeto Jaime Lerner, plano importante que foi ignorado na gestão seguinte.

O atual prefeito Rodrigo Neves, que teve oportunidade de investir em mobilidade, durante seus dois mandatos, com toda a disponibilidade dos recursos dos royaltes, fez apenas o investimento da Transoceânica – obra que liga Itaipu até Charitas. Já falei sobre essa obra em outro artigo (Leia aqui). E implementou um corredor de BRS de 640m (do Restaurante Mineira até o Mac Donalds), em São Francisco, ignorando a ligação desse corredor ao centro da cidade. Muito pouco investimento pra sete anos de gestão.

Se compararmos os 640m de investimento em BRS da gestão atual, com governos anteriores, o investimento da atual gestão foi muito pequeno. Foram investidos um total de 3km na gestão do João (2 lados da Av. Visconde do Rio Branco); 9km na gestão Godofredo (do Terminal João Goulart, passando pela Av. Feliciano Sodré até o final da Alameda São Boaventura) e 3,8km da gestão do Jorge Roberto (da Gavião Peixoto, Rua da Conceição e Dr. Celestino e Av. Roberto Silveira)

Esperamos que seja implementado pelo menos metade do que se propõe o novo Projeto. Pois, a mobilidade urbana do município continua um caos. Só piora a cada dia. Precisamos urgentemente de uma política séria de regulação e integração de transportes, de um sistema de transporte público de qualidade, confortável, seguro, rápido e eficiente. Assim como, é necessário a ampliação das ciclovias.

Nossa cidade deve ser planejada para aproximar as pessoas do trabalho, da educação, compras e lazer, reduzindo a necessidade do transporte motorizado.

Felipe Peixoto

Durante seus mandatos, Felipe aprovou mais de 100 leis e presidiu importantes Comissões, como a do Foro e Laudêmio e a da Linha 3 do Metrô. Como Secretário de Estado, Felipe foi responsável por inúmeras realizações e projetos que beneficiaram todas as regiões do RJ. 

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