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Lei de reuso de águas cinzas é considerada uma das melhores iniciativas públicas de 2011

Em vigor na cidade desde julho do ano passado, a lei municipal 2856/2011 de reuso das águas cinzas está entre as dez melhores iniciativas públicas de 2011 voltadas para a sustentabilidade no Brasil, finalistas do prêmio Greenvana Greenbest 2012.

Quando fui vereador, elaborei o projeto de lei 187/2009 que institui a instalação de sistema de coleta e reutilização da água utilizada em edificações públicas e privadas, as chamadas águas cinzas. Não pude representar o projeto no ano seguinte, pois me tornei Deputado Estadual. Pedi, então, ao Presidente da Câmara, Paulo Bagueira (PPS), que representasse meu projeto. Aprovado, agora reutilizar água é obrigatório nas construções de Niterói.

O objetivo do sistema de reuso é gerar economia e combater o desperdício quantitativo de água nas edificações. A finalidade é fazer com que os prédios e os condôminos façam o uso racional da água. A prática proporciona até 30% de economia de água. Além, claro, da busca por um desenvolvimento urbano mais sustentável e da preservação do recurso natural mais importante para a vida humana.

A cidade de Cubatão, em São Paulo, possui um modelo de construção sustentável considerado exemplo para o mundo pela ONU. A implantação de um sistema de medição individualizada de água gerou benefício social para a comunidade e reduziu o impacto ambiental. Cada morador tem o controle sobre o consumo e gasto de água, além de usufruir do sistema de reuso.

Niterói possui sistemas de reuso de água cinza implantados em 18 edifícios residenciais e em uma empresa de ônibus. Antes mesmo que a lei fosse sancionada, muitos empreendimentos por iniciativa própria, já haviam incluído o sistema. O processo sai a um custo de R$ 100 mil por toda sua infraestrutura e pode gerar uma economia de até 50% ou mais na conta de água do morador.

Para entendermos melhor como funciona, o acúmulo de água do chuveiro, da pia do banheiro e da máquina de lavar, por exemplo, que antes caía na rede de esgoto, fica segregado num tanque de acumulação. A água chega ao compartimento sem utilização de energia elétrica, apenas pela gravidade.

Nesse tanque de acumulação, a água passa por um processo hidráulico. Recebe cloro e sulfato de alumínio, para desinfecção, e sofre a correção do PH. Logo, é enviada para cilindros que a filtram novamente, agora já tratada. Só então é distribuída aos moradores. A água, no entanto, é recomendada apenas para meios não potáveis, como lavar o piso e regar as plantas.

Além do reuso de águas cinzas, Niterói também tem leis que tornam obrigatório o uso de água de chuva e a medição individual de água potável com hidrômetros em cada domicílio. Medidas que reduzem ao máximo a demanda por água das nascentes e mananciais. Numa cidade como Niterói que não consome a água que utiliza isso faz muita diferença. O sistema de reuso das águas cinzas representa um avanço no modelo de construção. Num uso comum, gera inúmeros benefícios.

Felipe Peixoto

Durante seus mandatos, Felipe aprovou mais de 100 leis e presidiu importantes Comissões, como a do Foro e Laudêmio e a da Linha 3 do Metrô. Como Secretário de Estado, Felipe foi responsável por inúmeras realizações e projetos que beneficiaram todas as regiões do RJ. 

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