A direção da CEASA-RJ fará um levantamento dos dados relativos aos resíduos e encaminhará para a COPPE
Um estudo produzido pelo Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós Graduação e Pesquisa de Engenharia (COPPE-UFRJ) garante que é possível transformar em energia as 80 toneladas de resíduos sólidos produzidos diariamente pela Unidade Grande Rio da CEASA-RJ. Os dados preliminares do estudo foram apresentados durante reunião do Conselho de Administração da Central de Abastecimento, realizada nesta segunda-feira, dia 10 de outubro, na própria unidade. O secretário de Estado de Desenvolvimento Regional, deputado Felipe Peixoto, solicitou que a direção da CEASA-RJ faça um levantamento dos dados relativos aos resíduos e encaminhe para a COPPE. “Existe um interesse mútuo para a realização do projeto. Vamos dimensionar as condições de realização através dos números. Os representantes da COPPE voltarão com esses dados em mãos para informar bases mais concretas”, disse Felipe Peixoto.
O estudo, que ainda está em fase de desenvolvimento, será apresentado oficialmente no início do mês de novembro. O pesquisador do projeto, Luciano Costa, informou que biodigestores poderão funcionar dentro da Unidade Grande Rio. “Precisamos de 15 mil metros quadrados e 90 toneladas de lixo orgânico por dia para a execução. Garanto que não existe a mínima chance de contaminação. O lixo da CEASA passará de heterogêneo para homogêneo. Os diversos ganhos que podem ser acarretados pelo aproveitamento de resíduos já configuram um consenso internacional. Esses estudos envolvem economia e geração de energia”, relatou.
O presidente da CEASA-RJ, Leonardo Brandão, mostrou interesse sobre o assunto e se colocou à disposição para colaborar. “Achei muito interessante o projeto, principalmente que, com o aproveitamento correto do lixo, acabaremos com nosso passivo ambiental, já que hoje todos nossos resíduos orgânicos têm como destino os aterros sanitários. Além disso, há a possibilidade de geração de biofertilizantes para distribuirmos gratuitamente aos pequenos produtores rurais do estado. O próximo passo é saber os valores”, disse Leonardo Brandão.
