A agenda do candidato a prefeito de Niterói, Felipe Peixoto, segue agitada nessa última semana de campanha do primeiro turno das eleições. Nesta terça-feira, 27, as atividades começaram cedo, às 6h30, com panfletagem na estação do catamarã de Charitas e reunião às 8h com motoristas de transporte escolar em São Francisco. Ainda pela manhã, Felipe realizou mais uma caminhada na Região Oceânica, percorrendo parte da Estrada Francisco da Cruz Nunes e metade da Avenida Central, em Itaipu. De lá, seguiu para almoço com lideranças evangélicas, e à tarde inaugurou o Comitê da Zona Norte, no Fonseca. Fechando a agenda, Felipe se reuniu com moradores de São Francisco, depois de participar no Centro Educacional de Niterói (CEN) de mais um debate com prefeitáveis, mais uma vez sem a presença de Rodrigo Neves, candidato à reeleição pelo PV.
Na abertura do debate, que reuniu cerca de 100 pessoas, a maioria alunos do CEN, Felipe Peixoto falou da emoção de voltar ao colégio onde estudou no Ensino Médio e teve atuação destacada na política estudantil, retomando o Conselho de Alunos (CACEN). Frisando como prioridades a segurança e a educação, o candidato falou ainda de algumas de suas propostas para as áreas, como a ampliação do policiamento e do horário de saída das creches e escolas municipais.
Charitas – Na estação de Charitas, o candidato apontou alguns dos transtornos da Transoceânica, cujo projeto não contemplou áreas de embarque e desembarque de veículos e afastou o ponto de táxi. Outro problema é que, quando chove, a água não escoa, causando alagamentos em especial perto do antigo hospital da Associação dos Servidores Públicos do Estado do Rio de Janeiro (Asperj) e da Maternidade Municipal Alzira Vargas. Outro ponto destacado por Felipe Peixoto foi o alto valor da tarifa do transporte aquaviário. “Hoje, os R$ 15,40 pagos pelo usuário do catamarã servem para subsidiar o custo das viagens para as ilhas e Cocotá. Haverá renovação da concessão e o prefeito precisa brigar pela redução das tarifas”, defendeu.
Transporte escolar – Na reunião com representantes do segmento de transporte escolar, Felipe assinou carta compromisso com reivindicações dos profissionais, como a desburocratização do processo de vistoria.
– Há muitos anos estamos abandonados, mas nesses quatro anos a coisa piorou. Sofremos com a falta de fiscalização que não inibe a circulação de carros irregulares. Nossa principal queixa é em relação à vistoria – afirma a delegada regional do Sindicato dos Profissionais Autônomos de Transporte Escolar do Rio de Janeiro (Sinpraterj), Verônica Backx, de 54 anos, 20 deles atuando com transporte escolar na Região Oceânica.
Segundo os profissionais, não há diálogo e nem respeito do município com os prestadores desse serviço. Um exemplo é a restrição do atendimento a apenas duas horas diárias: das 10h às 12h. “Como sair da Região Oceânica em horário de rush para fazer uma vistoria no Centro em pleno horário escolar?”, questiona Verônica.
No encontro, Felipe se comprometeu a realizar anualmente uma reunião com os profissionais e representantes da Secretaria Municipal de Transportes e a NitTrans (Niterói Transportes e Trânsito), e ainda buscar parceria com o Detran para a implantação de um sistema online que simplifique a vistoria.
– Vamos ouvir vocês e modernizar a vistoria com um sistema informatizado e ações itinerantes, se necessário. Vamos colocar a prefeitura para funcionar. Realizar campanhas de educação no trânsito em vez de gastar milhões com publicidade, como fez a atual gestão. Queremos um governo participativo, sem burocracia e com transparência. Sempre prezando pela segurança no transporte escolar. Vamos ainda organizar a questão do embarque e desembarque nas escolas. Mais crianças nesse transporte significa menos carros nas ruas. E isso é muito bom para o trânsito – afirmou o candidato.
Caminhada – Em duas horas de caminhada com candidatos a vereador e apoiadores, Felipe mais ouviu do que falou. Preferiu interagir com moradores e comerciantes nas dezenas de lojas que visitou, distribuindo o folheto com as propostas da coligação “Cidade Limpa” para a Região Oceânica. Além da segurança – hoje o maior motivo de preocupação dos niteroienses, e por isso prioridade no Programa de Governo de Felipe -, muitos donos de negócios às margens da Francisco da Cruz Nunes se mostraram revoltados com a Transoceânica. Como retorno, receberam de Felipe a certeza de que vai terminar a obra dialogando com a população, mas auditando todos os processos, desde a licitação. Franco Pollola, 68 anos e dono de uma oficina mecânica foi um dos muitos que criticaram a obra.
– Revoltante ver esse total desrespeito da prefeitura com a região na execução da Transoceânica. Como fazer uma obra dessa natureza sem ouvir nenhuma representação da região, e aparentemente sem projeto? Vão quebrando e pronto. Semana passada meu lucro em seis dias de serviço foi de R$ 192,00, uma queda de mais de 90% nos negócios. E pior: a gente registra e sequer recebe uma resposta, um retorno – lamentou Franco.
Agenda desta quarta-feira, 28
7h – Café da manhã no Centro
8h – Panfletagem em frente à estação das barcas, no Centro
10h – Panfletagem em Santa Rosa (Rua Martins Torres)
15h – Corpo a corpo em Icaraí (Moreira César com Lopes Trovão)
18h30 – Reunião com amigos do Jardim Icaraí
20h – Reunião com a classe teatral na Câmara Setorial de Teatro e Circo (Avenida Presidente Roosevelt, 1063, São Francisco)
