Sistema de ponto eletrônico ajuda a reduzir violência na Região Oceânica

Número de roubos de carros e assaltos a pedestres caiu pela metade após a implantação do inédito sistema de segurança em bairros como Piratininga, Camboinhas e Itaipu

O número de roubos de carros caiu 57% e o de assaltos a transeuntes foi reduzido em 52% na Região Oceânica de Niterói, comparando os dois primeiros meses deste ano, aponta levantamento do 12º BPM (Niterói).

O comandante da unidade, tenente-coronel Paulo Henrique Azevedo de Moraes, atribui o resultado positivo ao patrulhamento feito através do sistema de pontos eletrônicos, implantado na segunda semana de janeiro naquela região. Em números absolutos, foram 21 roubos de carros em janeiro contra apenas nove em fevereiro, e 25 assaltos a pedestres no primeiro mês contra 12 no segundo.

“Em ambos os casos, alcançamos com folga a meta estabelecida pela Secretaria de Estado de Segurança”, comemora o comandante, explicando que os 10 pontos espalhados pela Região Oceânica sofrem constantes alterações de endereço.

“Com os pontos eletrônicos é possível patrulhar toda a região de maneira ostensiva e, com isso, prevenir contra a criminalidade. O sistema é eficaz porque permite comprovarmos a presença do policial nessas localidades, a maioria afastada das vias principais. Mas para que continue dando resultados positivos é preciso que atualizemos sempre esses pontos, realocando-os para as localidades mais críticas, onde há maior incidência de crimes”.

A implantação dos pontos eletrônicos foi a primeira ação efetiva do tenente-coronel, pouco mais de três semanas após assumir o comando.

Como funciona – O sistema de pontos eletrônicos consiste na instalação de chips de dados em pontos distintos. As patrulhas responsáveis pelo monitoramento da área percorrem os locais indicados munidos de um bastão eletrônico para leitura dos dados.

Em contato com os chips, esses equipamentos armazenam os dados coletados, como horário e local em que o policial esteve no ponto. Posteriormente, essas informações são transferidas para o sistema de informações da 1ª Companhia da Região Oceânica (1ª CRO), no Destacamento de Policiamento Ostensivo (DPO) do Cafubá.

O responsável pela 1ª CRO, capitão Leandro Teixeira, destacou a importância desse tipo de policiamento para evitar, principalmente, os assaltos a domicílios.
“Os pontos ficam estrategicamente localizados dentro das comunidades em vias que não são as principais, o que ajuda a prevenir esse tipo de crime. O patrulhamento é feito das 7 às 23 horas por quatro homens, que se revezam em duplas nos dois turnos em uma viatura exclusiva para esse fim. São policiais especializados em policiamento comunitário”, explica.

Moradores da Região Oceânica também aprovaram o sistema.

“Ficamos mais seguros em saber que existe um patrulhamento diário. Há muitos casos de roubo a residências nessa região, e desde que esse policiamento ostensivo começou melhorou bastante”, afirma satisfeito o aposentado José Estevão da Silva, de 67 anos, morador do bairro Maralegre, onde foi instalado um dos pontos eletrônicos.

Bom resultado leva Polícia Militar a adotar estratégia semelhante na Zona Sul

De acordo com o tenente-coronel Paulo Henrique, a ideia é intensificar o patrulhamento móvel em toda a cidade, seja com motocicletas, qradriciclos (como é o caso da Praia de Icaraí), pontos eletrônicos ou radiopatrulhamento, isto seguindo as características de cada região e seus índices criminais, além do limitado recurso material da instituição.

Ele cita ainda recente intensificação do policiamento móvel no bairro de Santa Bárbara, através de uma viatura de radiopatrulha exclusiva para a localidade.

“Devido às características geográficas do local, não havia  por que implantar uma cabine fixa. É preciso adequar o policiamento às necessidades de cada localidade. Além disso, precisamos trabalhar conforme os recursos e efetivo que possuímos. Não adianta colocar um policial sem mobilidade num local e prejudicar o policiamento noutro”, justifica.

Indagado sobre a reativação de novas cabines da PM na cidade, o comandante informou que não há previsão para isso.

“Já reativamos quatro cabines recentemente: no Largo do Marrão; na Praia de Icaraí; próximo ao Multicenter; e em frente ao cemitério Parque da Colina, que só funciona durante o dia. E atualmente, não vejo a necessidade de implantar mais um ponto fixo. A prioridade é distribuir o efetivo no patrulhamento móvel. Na Praia de Icaraí, por exemplo, é preferível se ampliar o número de quadriciclos ao de cabines”, reitera.

Auxiliar de um escritório de contabilidade em Icaraí, Evandro Matta da Silva, de 19 anos, concorda. “Instalar uma nova cabine aqui (praia) é desperdiçar um efetivo que já é pequeno”, diz.

Já outro morador, Gilberto dos Santos, de 52 anos, tem opinião contrária. “Há sim a necessidade de se implantar uma cabine no final da praia e nas proximidades da (rua) Fagundes Varela, dois pontos críticos”, afirma.

 

Texto: O FLUMINENSE

Por: Pamela Araújo 16/03/2011

Felipe Peixoto

Durante seus mandatos, Felipe aprovou mais de 100 leis e presidiu importantes Comissões, como a do Foro e Laudêmio e a da Linha 3 do Metrô. Como Secretário de Estado, Felipe foi responsável por inúmeras realizações e projetos que beneficiaram todas as regiões do RJ. 

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