Três mil casas em áreas de risco já foram interditadas. Nelas, viviam cerca de oito mil pessoas que agora se encontram desabrigadas.
A Prefeitura Municipal de Niterói (PMN) já começou a reforma das unidades onde funcionavam o 3º Batalhão de Infantaria, em Venda da Cruz, e o 19º Batalhão de Logística, no Barreto, ambos do Exército, para receber os desabrigados pelas chuvas. As pessoas serão transferidas para estes locais o quanto antes, assim, as aulas das 18 escolas da rede municipal que estão servindo de abrigo poderão ser normalizadas.
A Prefeitura já fechou parceria com os Governos do Estado e Federal e milhares de casas serão construídas. Entre outros projetos, estão previstas 10 mil casas para os próximos dois anos, através programa Minha Casa, Minha Vida. Ainda para este ano o Governo Federal ampliou a linha de crédito para 5 mil residências e há outras 5 mil previstas para o ano que vem.
A Fundação Municipal de Saúde criou a Comissão Especial de Emergência (CEE) para agilizar as decisões e conciliar todas as ações que estão sendo tomadas para o atendimento aos desabrigados e desalojados, como avaliar os prejuízos estruturais e funcionais causados nas unidades de Saúde do município. Assim, são emitidos relatórios diários com dados informando todas as necessidades das vítimas da tragédia para o prefeito e o secretário de Saúde. Outra iniciativa da Secretaria de Saúde foi o reforço às equipes nas unidades de Saúde, além do envio de unidades móveis para os abrigos.
Outra ação da Prefeitura de grande importância foi ampliar os locais e facilitar o cadastramento das pessoas desabrigadas ou desalojadas. Há uma tenda instalada no Morro do Bumba e todos os Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) também estão fazendo este cadastramento das famílias que serão beneficiadas pelo Aluguel Social a ser implantado pela Prefeitura. De acordo com a PMN, está sendo montado um banco de dados para checagem das informações para que pessoas que realmente devam receber o benefício sejam atendidas pelo Município.
O vereador Felipe Peixoto (PDT) acredita que a PMN está trabalhando para atender toda a comunidade, seja por aluguel social ou através de moradia, seja com a limpeza das ruas ou com a desobstrução das estradas. “É dever da prefeitura e do legislativo, assim como de todas as esferas de governo reconstruir a cidade. Precisamos unir força com a sociedade que se mostrou tão solidária. Devemos unir esforços para evitarmos novas tragédias e reerguer Niterói. A hora é de luta, de muito trabalho”.
Vereador Felipe Peixoto participa da reconstrução de Niterói
Felipe Peixoto está, desde dia 5 de abril, noite da grande chuva que se abateu na cidade, trabalhando incessantemente. Felipe visitou todo o município buscando ajudar as pessoas a salvar suas vidas, suas casas e a reconstruir Niterói.
Nestas visitas pela região, Felipe notou o empenho da Prefeitura de Niterói. “A chuva paralisou a cidade por uma semana inteira. As pessoas não conseguiam sair de casa. De fato, houve lugares em que a Prefeitura não conseguia chegar, assim como houve áreas em que os Bombeiros não conseguiam atender. As principais vias estavam paralisadas pelas águas. Nestes lugares só os vizinhos conseguiam fazer as buscas. A Clin (Companhia de Limpeza Urbana de Niterói) e a Nittrans (Niterói, Transporte e Trânsito S/A), por exemplo, trabalharam muito para que a cidade ficasse em ordem o quanto antes. Hoje quase todas nossas estradas já estão abertas e inúmeras ruas foram limpas”.
Felipe se diz angustiado em saber que há pessoas que ficaram reclamando que suas ruas ainda estavam sujas enquanto corpos ainda estavam sendo resgatados. “O que estamos passando é uma coisa inédita, que nunca de fato aconteceu em nossa história. A chuva do inicio do mês chegou a cair 360 mm, já em 1966 caiu 240 mm. Ninguém poderia, até o desabamento, prever uma tragédia daquela proporção no Bumba, nem a UFF. Este foi o maior desastre natural da cidade. Não há um niteroiense que não tenha sido minimamente afetado por ele. Nós precisamos reavaliar nossos conceitos. Temos que ser mais compreensivos”.
Felipe lembra que quando foi pra rua ajudar nas comunidades não foi como vereador, foi como cidadão e quando articulou ponto de recebimento de donativos, convidou uma associação isenta para operá-lo. “Distribuir doação não é papel do vereador”. Felipe convida os políticos e a sociedade a participar da reconstrução da cidade no dia-a-dia. “Todos temos responsabilidade com o futuro. O amanhã depende de todos”.
