O vereador Felipe Peixoto (PDT) apresentou na Câmara, semana passada, um projeto de lei que cria o Estatuto da Bicicleta para a cidade. O objetivo é estimular o uso do transporte pela população.
O vereador Felipe Peixoto (PDT) apresentou na Câmara, semana passada, um projeto de lei que cria o Estatuto da Bicicleta para a cidade. O objetivo é estimular o uso do transporte pela população.
O projeto será lido em plenário na próxima terça-feira. Se aprovada no Legislativo, a proposta será encaminhada ao prefeito Jorge Roberto Silveira e ajudará a traçar uma política municipal de mobilidade urbana sustentável.
Felipe Peixoto adianta que, com o estatuto, quer aumentar o número de ciclovias e ciclofaixas na cidade; criar estacionamentos próprios para o veículo instalar novos bicicletários em locais públicos e de grande circulação; e instituir o serviço de aluguel de bicicletas públicas, que poderá ser controlado pelo próprio município ou concedido a empresas privadas.
As ciclovias prevê ainda o projeto, devem receber sinalizações vertical e horizontal e serão criadas regras para uso dos espaços. Uma delas estabelece que será proibido o tráfego na contramão nas áreas delimitadas.
– Eu uso bicicleta diariamente e sei das dificuldades que os ciclistas enfrentam. Os bicicletários, por exemplo, são poucos diz Felipe Peixoto.
Aspectos econômicos e ambientais são justificativas
Ao defender sua proposta no plenário, o vereador pretende ressaltar que, ale, dos aspectos ambientais e da facilidade de trânsito, a bicicleta é excelente opção de transporte para s pessoas de baixa renda.
– Tanto na aquisição, quanto na manutenção, a bicicleta é um transporte econômico afirma.
No texto original da proposta, o vereador ressalta ainda que o incentivo ao uso da bicicleta como meio de transporte é recomendado pelo Ministério das Cidades.
– Niterói não pode seguir na contramão do restante do país concluiu.
Ciclistas da cidade apóiam a iniciativa do vereador
Com boa parte das ciclovias em estado precário, Niterói não é uma cidade onde os ciclistas sentem segurança para pedalar. O piloto de helicópteros Hamilton Luiz Alencar, de 65 anos, morador de Icaraí, diz que só usa a bicicleta para fazer exercícios:
– Eu pedalo todos os dias para me exercitar. Mas, quando quero ir ao Centro da cidade, uso a moto e, se vou para mais longe, pego o carro. Não temos ciclovias nem bicicletários, e o risco de acidentes e furtos é muito grande. Talvez eu usasse mais a bicicleta se tivéssemos uma infraestrutura maior. É um transporte econômico e não polui.
A estudante Iara Cristina dos Santos, de 19 anos, mora no Ingá e costuma usar a bicicleta nos fins de semana para ir ao Centro ou para outros bairros da Zona Sul da cidade. No entanto, é obrigada a deixar o camelo em casa nos momentos preferidos de seu lazer:
– Adoraria usar a bicicleta para ir à praia, mas freqüento a Região Oceânica e fica difícil ir daqui (da Zona Sul) até Camboinhas ou Itacoatiara pedalando. Os carros não respeitam os ciclistas. Também não há lugar para deixar a bicicleta, e os furtos são muito comuns.
Matéria: Jornal o Globo – Niterói – 08/11/2009 página 5