O presidente Lula, no discurso de posse para seu segundo mandato, assume compromissos de desenvolvimento econômico, distribuição de renda, reformas constitucionais, ética, redução das taxas de juros e política educacional que possibilite a inclusão dos mais pobres no mercado de trabalho cada vez mais exigente.
As lágrimas que muitos brasileiros derramaram em 1º de janeiro de 2003, não se repetiram. Quatro anos depois, esse mesmo discurso não causa mais emoção. Porém, como a esperança é a última que morre, vamos acender a vela e rezar para que os compromissos assumidos não fiquem esquecidos ao longo do mandato.
O presidente Lula, no discurso de posse para seu segundo mandato, assume compromissos de desenvolvimento econômico, distribuição de renda, reformas constitucionais, ética, redução das taxas de juros e política educacional que possibilite a inclusão dos mais pobres no mercado de trabalho cada vez mais exigente.
Um discurso em que assumia esses mesmos compromissos, foi feito por ocasião da posse do seu primeiro mandato. Todos estavam felizes, a esperança tinha vencido o medo. O forte impacto causado pela posse como presidente da República, de um antigo operário, levou muitos espectadores a chorar de emoção. Achavam que o Brasil, a partir daquele dia seria outro. Ledo engano.
Os sonhos de um Brasil diferente ficaram muito aquém das expectativas criadas durante a campanha. Na nova sociedade em que vivemos, não há mais espaço para pessoas com pouca escolaridade. Para um país se desenvolver com soberania, a educação e a escolarização do povo são quesitos fundamentais, porém exigem muitos investimentos. Não basta dar bolsas família.
O discurso desenvolvimentista da campanha foi substituído por uma prática conservadora. Entregaram o controle da política monetária a banca internacional, nomeando para presidente do Banco Central um ex-empregado de um banco americano. O superávit primário para o pagamento das dívidas foi a prioridade. Nunca na história os bancos tiveram tantos lucros.
A reforma constitucional só serviu para retirar direitos dos trabalhadores. A ética foi um fracasso, as praticas políticas continuaram as mesmas. Governaram da mesma maneira que as elites derrotadas sempre governaram. Troca de cargos por votos no Congresso e mensalão. O Presidente não sabia de nada.
Na posse para o 2º mandato o discurso se repete, porém não emociona. Como brasileiros temos que torcer para que nos próximos 4 anos as promessas de campanha e os compromissos assumidos no discurso de posse sejam implementadas. O mundo está se desenvolvendo e nós não podemos perder o bonde da história.
Nosso povo, sempre crédulo e paciente, não agüenta mais falsas promessas, porém ainda acredita em um futuro melhor. Acender a vela e rezar para que os compromissos assumidos não fiquem esquecidos ao longo do mandato. Mas, aproveite a luz que ela fornece e observe bem para melhor avaliar seu próximo voto. Ele é a sua grande arma.