Julho começou com boas notícias relacionadas à segurança em Niterói, São Gonçalo e Maricá. Relatório da 7ª Área Integrada de Segurança Pública mostra que os três municípios tiveram queda acentuada nos índices de criminalidade, uma marca inédita desde 2003, início da série histórica do levantamento.
Os indicadores comprovam redução em diferentes modalidades de crime. São Gonçalo foi a primeira colocada em diminuição de letalidade violenta. Já em Niterói e Maricá, na comparação com o mesmo período de 2021, houve queda de 27% nos casos de roubos de rua, de 57% nos roubos de veículos e de 31%, nos casos de letalidade violenta.
Uma das explicações para os resultados animadores é a adequação do planejamento conjunto e operacional das polícias Militar e Civil, que, estrategicamente, têm focado nas áreas de maior incidência de casos. O uso logístico dos efetivos, de acordo com as reais necessidades de cada área, vem funcionando satisfatoriamente.
No caso específico de Niterói, também merece destaque o programa Segurança Presente, que exerce papel fundamental no patrulhamento comunitário. Em contato permanente com a população e com apoio a iniciativas sociais, ajuda no mapeamento de pontos críticos e na sensação de segurança dos moradores. Sempre apoiei a operação, um modelo de proximidade, que complementa a atuação da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro.
Os dados apresentados, mesmo que preliminares, indicam uma tendência, que, se continuar sendo apoiada por nossas autoridades, poderá gerar ainda melhores resultados. Acredito que é preciso, sim, um reforço no número de policiais no Rio, mas, acima de tudo, o planejamento do uso desses policiais, é que faz toda a diferença.
É a solução? Ainda não, mas é positivo. Violência urbana está ligada às desigualdades, à falta de ensino público de qualidade, à escassez de oportunidades no mercado de trabalho, entre outras questões relativas a direitos humanos e justiça social. São questões de longo prazo, que não podem sair do nosso foco central.