Ainda há muito a se fazer para frear a violência contra a mulher.
Na última semana, mais exato em 7 de agosto, a Lei Maria da Penha completou 12 anos, porémos números indicativos da violência contra a mulher permanecem em níveis impensáveis. Dados de 2017 apontam que, pelo menos, uma mulher foi morta por dia somente no Estado do Rio, onde no período de um ano 4.173 casos de estupro foram registrados.
Essas ocorrências vão além dos casos policiais. A violência praticada contra essas mulheres resiste, mesmo após o ato, pois as vítimas, não raro, são expostas a uma série de outras “violências” quando decidem pela denúncia.
Muito precisa ser feito na tentativa de minorar essa dor. E, quando da minha passagem pela Secretaria de Saúde do Estado, foi dado um passo nesse sentido, com a humanização da Sala Lilás do IML, onde são feitos os exames de corpo de delito com atendimento diferenciado às mulheres vítimas de violência. A poesia de Renato Teixeira e Almir Sater hoje forma um painel nas paredespara alento e incentivo à caminhada, num momento em que muitas não têm forças para seguir.
Ainda há muito a ser feito com certeza, mas a Sala Lilás, projeto da Secretaria de Estado de Saúde em parceria com a polícia civil e o Tribunal de Justiça, é um passo que faz diferença nessa caminhada.