Hoje, 30/03, é celebrado o Dia Mundial da Juventude. Quero aproveitar esse meu espaço para falar dos desafios impostos pela pandemia do coronavírus para essa geração. O jovem é por natureza forte, alegre e resiliente, mas essa disposição para mudar o mundo recebeu um grande baque com a pandemia.
Restrições sanitárias de convivência social, escolas e opções de lazer fechadas, entre outras medidas que precisaram ser adotadas afetaram toda a população, em especial, a juventude. E principalmente no Brasil, esta situação trouxe muitos prejuízos à empregabilidade e ao surgimento de novas oportunidades atingindo, segundo dados do IBGE, a uma parcela que equivale a 25% da nação brasileira.
Um artigo de Caroline Utimara, CEO da Eureca, publicado na Folha de São Paulo em fevereiro já chamava atenção para esse fato. O agravamento da crise econômica provocada pela pandemia nos expõe à realidade da demissão dos mais jovens, provocando a diminuição de sua renda e também forçando a evasão escolar que já é devastadora para o futuro da juventude e da nação.
Caroline aborda também a expressão “nem-nem”, que se refere a jovens brasileiros que nem estudam e nem trabalham. De acordo com a autora, a expressão já bem conhecida entre nós pode dar a falsa impressão de simplesmente haver falta de vontade dos jovens. Mas fatores como a ausência de estrutura familiar, a qualidade da educação e as desigualdades são preponderantes para montar esse quadro.
Aliado a isso, quero destacar o desinteresse dos jovens pelas questões políticas. Atualmente, os partidos têm tido muita dificuldade em engajar a juventude. Não creio que eles estejam alheios às questões sociais que impactam as cidades, o nosso estado e a nação, até porque eles são afetados diretamente por isso. Mas precisamos trazê-los para o debate e fazer com que entendam que somente com a participação deles na política poderemos reverter injustiças e desigualdades.
No Rio de Janeiro, especificamente durante o período da pandemia, foi possível perceber como as políticas públicas interferem nos nossos jovens. Foram inúmeros os casos de relatos das dificuldades que muitos alunos enfrentaram para assistir às aulas on-line porque, infelizmente, a realidade de muitos ainda é a falta de acesso à internet.
Como deputado, tenho o compromisso de lutar para dar oportunidade aos jovens, principalmente, nesse período de grandes desafios econômicos e diante de uma nova realidade que está se impondo. Precisamos lançar as bases para que os nossos jovens possam alcançar todo o seu potencial e fazer a diferença nesse novo tempo também por meio da política.