Cobranças indevidas, quedas frequentes de energia, redes sem manutenção, cabos rompidos, atendimento precário à população e canais inoperantes de relacionamento com os usuários. Diante da longa lista de descasos da Enel em relação à grande parte dos cidadãos fluminenses, só nos resta protestar e buscar nossos direitos junto a agências reguladoras, como a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), e representantes do poder público.
Recente ranking nacional de desempenho divulgado pela Aneel mostrou que, na média, os indicadores melhoraram em 2021 na comparação com 2020. Mas revela também que, na contramão do cenário nacional, a Enel, no Rio de Janeiro, amargou um 23º lugar entre as concessionárias de grande porte em atuação no país, com quase o dobro do índice de DGC (Desempenho Global de Continuidade) registrado pela primeira colocada. Os dados levam em conta a duração e a frequência das interrupções no fornecimento de energia. Portanto, quanto menor o índice da concessionária, melhor seu desempenho e avaliação.
Aqui no estado a Enel atua na maioria dos municípios, 66 dos 92. Estamos falando do Rio de Janeiro! Somos uma das maiores economias do país.
Desde minha atuação como vereador, na Câmara de Niterói, a preocupação com os serviços essenciais prestados à população me mobiliza. Mais tarde, como deputado estadual, também mantive meu compromisso na defesa do direito do cidadão que paga suas contas e, em troca, quer receber serviços de qualidade.
Em junho, participei de audiência na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro para dar minha colaboração na apuração dos maus serviços prestados pela concessionária em diferentes municípios. Haverá outras reuniões e acredito que consigamos mudar a situação e fazer com que a Enel dê ao Rio de Janeiro o atendimento que o estado merece.
Além da deficiência dos serviços prestados ao consumidor, as atividades econômicas do estado são afetadas diretamente pelas quedas de energia e má prestação dos serviços. Vale lembrar que, hoje, a indústria do Rio de Janeiro tem a tarifa média mais alta de energia de todo o país, na comparação com os outros 25 Estados e o Distrito Federal.
Dados de um levantamento da Firjan, apresentados em uma audiência pública da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), no início deste ano, mostram que, em média, os consumidores industriais pagaram, de janeiro a outubro de 2021, R$ 1.072,72/MWh. O valor é 46% superior à média nacional, de R$ 736,78/MWh.
Juntos, com nossas reclamações e pressão conjunta, temos o poder de transformar as coisas. Pagamos – e muito – pela energia que consumimos. E queremos ser tratados com respeito e receber serviços de qualidade.