Uma pesquisa divulgada semana passada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) vai ao encontro direto dos principais anseios reivindicados nas manifestações que tomaram conta das ruas de todo o país recentemente.
Esse estudo feito em maio com jovens brasileiros, antes dos atos, mostrou que educação, seguido pela melhoria dos serviços de saúde, foram os itens mais citados.
Educação e saúde são temas amplamente discutidos hoje no Brasil. Há tempos que a população vem incorporando em seu pensamento a ideia de que o estudo é a forma de ser bem sucedido na vida. E bem verdade, também, é que a qualidade no serviço de saúde prestado à população deve ser encarada como prioridade na política social. São fatores primordiais.
A terceira opção mais citada pelos jovens brasileiros na pesquisa foi o acesso a alimentos de qualidade. Que é, de fato, um direito de todos. Uma das principais influências para que se possa obter saúde e, consequentemente, qualidade de vida. E investir para que a população tenha à mesa uma alimentação sadia é, também, uma das áreas de atuação direta da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca (Sedrap).
Em quarto lugar ficou o anseio por um governo honesto e atuante que, em escala mundial, fica na quinta colocação. E é base fundamental para o progresso e o desenvolvimento.
Que o Brasil seja liderado, em todas as esferas, por um governo honesto e atuante, que priorize a educação de qualidade, alimentação sadia e a melhoria urgente dos serviços de saúde pública é um desejo de todos nós.
Sobre a pesquisa, uma curiosidade revelada nesse estudo é que o número de jovens nunca foi e nunca será tão grande no país como agora: 51 milhões de pessoas, o que corresponde a 26% da população brasileira. Percentual próximo da média mundial. E fazer parte desse grupo tem lá suas vantagens e desvantagens.
O lado bom é que esse grande número de jovens pode ajudar a diversificar e especializar a mão de obra do país e a interiorizar a educação técnica e superior. Em contrapartida, se o número de vagas não for expandido, essa juventude vai enfrentar o vestibular mais difícil de todos os tempos. Também terá mais concorrência no mercado de trabalho.
Esse levantamento do Ipea foi feito nos mesmos moldes do método utilizado pela ONU na pesquisa My World, cujo objetivo é subsidiar a definição das Novas Metas do Milênio, a partir de 2015.