A equipe da secretaria está trabalhando em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisa Hidroviária para a elaboração de um projeto que devolva o calado para o Porto de Niterói e o Centro Integrado de Pesca Artesanal (Cipar) de forma que as embarcações voltem a circular naquela região.
Para quem não conhece, o Porto de Niterói é aquela região que se vê na chegada da ponte Rio-Niterói. Já o Cipar pode ser visto no acesso à BR 101 entre Barreto e São Gonçalo. As enseadas dessa região estão criticamente assoreadas. Há pontos onde a profundidade é de apenas 30 centímetros.
Nossa meta é que esses trechos tenham até 12 metros de profundidade. No momento, estamos realizando um estudo para diagnosticar qual o melhor tipo de obra a ser feita e o seu custo. Será através do estudo que saberemos como ocorre o movimento das marés e o acúmulo de sedimentos na região.
Já identificamos que um dos motivos para o assoreamento do Porto de Niterói é o material proveniente do Rio Alameda. Por isso, já incluímos no projeto um estudo para um novo sistema de dragagem do rio para que os sedimentos sejam retirados antes de chegarem ao mar.
Uma outra proposta levantada, mas que ainda não temos certeza da sua viabilidade, é a construção de um canal em torno da Ilha da Conceição. Isso faria com o bairro voltasse a ser uma ilha. Técnicos do Instituto acreditam que a falta de circulação das marés acelerou o assoreamento no Porto. A obra indicada seria semelhante ao que está sendo feito no Canal do Cunha na Ilha do Fundão.
O grande legado desse trabalho será a revitalização das enseadas que apresentarão as condições ideais para o reaquecimento da atividade pesqueira e de offshore no Leste Fluminense.