Os Estados Unidos estão tornando a morte de Osama Bin Laden num evento midiático. Uma compensação à auto estima dos americanos que sofreram um abalo com os ataques às torres gêmeas em 2001.
Logo após a ação no Paquistão, acompanhada via web por Barack Obama e seu secretariado, o presidente americano fez um discurso à nação, ainda de madrugada. Apesar da hora, milhares foram às ruas comemorar, principalmente, em Nova Iorque e Washington. Observando bem, milhares de jovens foram às ruas. Pessoas que, na época dos ataques, eram crianças e hoje compõem a força motriz da campanha eleitoral de Obama.
Enquanto a imagem da festa repercute no mundo, questões essenciais ficam no ar. Havia a necessidade de matá-lo? Era realmente Osama? Onde está o corpo? Como ficarão as relações diplomáticas entre os EUA e o Paquistão depois desse episódio? Como conterão a Al-Quaeda? Quando os EUA vão retirar suas tropas do Iraque e do Afeganistão?
Sem dúvida, Osama Bin Laden era um criminoso. Um indivíduo perverso que utilizou seu carisma para arrebanhar seguidores para seus propósitos antiamericanos. E explorou a religião para espalhar o ódio. Sua morte deve servir para lembrar a responsabilidade de nossos atos no mundo. Não merece uma festa.