Secretaria de Estado de Saúde esclarece dúvidas sobre Caxumba

Em 2015, entre o mês de janeiro, até o dia 13 de julho, a Subsecretaria de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde recebeu 658 notificações de casos suspeitos de caxumba no estado do Rio de Janeiro.

Para informar e esclarecer dúvidas da população sobre o assunto, o subsecretário de Vigilância em Saúde, Alexandre Chieppe, responde às principais perguntas sobre a caxumba.

1 – O que é caxumba e como se contrai a doença?

Resposta: A caxumba é uma doença infecciosa aguda, causada por vírus, que provoca febre e inflamação das glândulas parótidas – localizadas no pescoço, abaixo da mandíbula. O vírus que causa a caxumba é o vírus Paramyxoviridae, gênero Rubulavírus. A caxumba é transmitida pelo contato direto com gotículas de saliva de pessoas infectadas.

2 – A caxumba é uma doença grave?

Resposta: A caxumba é uma doença de baixa letalidade e são raros os relatos de complicações em decorrência da doença.

3 – Quais são os principais sintomas da caxumba?

Resposta: Os principais sintomas são febre, aumento do volume das glândulas salivares localizadas na região da boca, principalmente a parótida, localizadas abaixo da mandíbula. A doença pode causar ainda dores de cabeça, no corpo e ao engolir, além de falta de apetite e mal-estar.

4 – Como é feito o diagnóstico da caxumba?

Resposta: O diagnóstico de caxumba é basicamente clínico. Entretanto, o exame de sangue pode ser solicitado, quando necessário, para ajudar a identificar a presença de anticorpos contra o vírus da caxumba.

5 – Como é o tratamento da caxumba?

Resposta: A caxumba é uma doença autolimitada, de baixa complexidade e letalidade, e o tratamento, sintomático. As indicações para tratamento de caxumba são: uso de medicamentos analgésicos e antitérmicos, além de repouso enquanto durar a infecção. É importante manter a observação para eventuais complicações, mesmo estas sendo raras. No caso de orquite (inflamação nos testículos), aconselha-se o uso de suspensório escrotal, além de repouso, para alívio da dor.

6 – Como se prevenir contra a caxumba?

Resposta: A forma mais eficiente de se prevenir contra a caxumba é a vacinação aos 12 meses de idade, com reforço aos 15 meses de idade, como preconizado pelo Ministério da Saúde. Além disso, recomenda-se cobrir a boca ao tossir e espirrar, lavar as mãos constantemente e evitar ambientes sem circulação de ar e concentração de muitas pessoas.

Vale lembrar que a vacina contra a caxumba faz parte do Calendário Básico de Vacinação e pode ser aplicada isoladamente, porém, geralmente, está associada às vacinas contra sarampo e rubéola. Juntas, as três compõem a vacina tríplice viral.

7 – A vacina é eficaz?

Resposta: Sim. A vacina é a forma mais eficiente de se prevenir contra a caxumba, assim como contra outras doenças. É preciso lembrar que não existe vacina com 100% de efetividade, então, não é impossível que ocorram casos em pessoas vacinadas. Vale destacar ainda que as vacinas distribuídas para a rede de saúde respeitam padrões mundiais de qualidade.

8 – A que é possível atribuir o aumento do número de casos no Rio de Janeiro?

Resposta: O aumento do número de casos está sendo objeto de investigação que vem sendo conduzida em conjunto pela Secretaria de Estado de Saúde, secretarias municipais de Saúde e Ministério da Saúde. Diferentes hipóteses estão sendo analisadas e dependem da avaliação de uma série de informações para um resultado conclusivo. Estão sendo investigados, por exemplo, dados como a incidência de casos de pessoas já vacinadas, em comparação a não vacinadas ou que não completaram o ciclo vacinal (ou seja, que não tomaram as duas doses da vacina). Outra hipótese pode ser a possibilidade de redução da eficácia da vacina ao longo dos anos, entre outras. É preciso deixar claro que não há nenhum indício, até o momento, que indique a perda da eficácia da vacina. Esta é apenas uma possibilidade, assim como outras, que tem que ser levantada e investigada.

9 – O estado do Rio de Janeiro vive uma epidemia de caxumba?

Resposta: Até o momento, não há evidência que indique epidemia no estado do Rio de Janeiro. Até o dia 13 de julho deste ano, a SES recebeu a notificação de 658 casos suspeitos de caxumba. Foram notificados 68 surtos ocorridos em localidades específicas, nos municípios do Rio de Janeiro, Nova Iguaçu e Niterói. É preciso deixar claro que o surto é caracterizado pelo aumento de casos, acima da média registrada, num determinado período de tempo e local concentrado e fechado – como, por exemplo, uma escola, creche, empresa, condomínio, etc. Todos os casos estão sendo analisados.

10 – Quais são as recomendações da Secretaria de Estado de Saúde?

Resposta: A Secretaria de Estado de Saúde recomenda que as crianças de 12 meses sejam vacinadas, com reforço aos 15 meses, conforme o Calendário Básico de Vacinação. A SES reforça que não há indicação para fechamento de escolas e instituições de ensino. No momento, não há necessidade de que as crianças que completaram o ciclo vacinal busquem reforço da imunização nos postos de saúde. Qualquer mudança nos critérios de vacinação dependem de avaliação conjunta dos municípios, da SES e do Ministério da Saúde. Vale informar ainda que a cobertura vacinal, ao longo dos últimos anos, vem sendo atingida no estado do Rio de Janeiro.

Felipe Peixoto

Durante seus mandatos, Felipe aprovou mais de 100 leis e presidiu importantes Comissões, como a do Foro e Laudêmio e a da Linha 3 do Metrô. Como Secretário de Estado, Felipe foi responsável por inúmeras realizações e projetos que beneficiaram todas as regiões do RJ. 

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