O objetivo é integrar as malhas cicloviárias aos diferentes sistemas de transporte como metrô, barcas e ônibus.
O deputado estadual Felipe Peixoto esteve presente ao anúncio do Plano Diretor de Transportes Não Motorizados, realizado nesta terça-feira, 04, na sede da Secretaria de Estado de Transporte no Rio de Janeiro. O Plano Diretor foi elaborado por um consórcio firmado entre as empresas LOGIT, do Brasil, IBI Group, do Canadá, e ITDP, dos Estados Unidos, com financiamento do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).
Cinco cidades foram contempladas nesse estudo: Barra Mansa, Maricá, Niterói, Rio de Janeiro e Volta Redonda. Em cada uma, foram consideradas suas particularidades geográficas, urbanismo, trânsito e integração com outros sistemas de transporte.
O objetivo é incentivar o uso de bicicletas como meio de transporte e dar segurança ao pedestre. A meta é dotar essas regiões de infraestrutura para o uso eficiente e seguro da bicicleta, com a implementação de ciclofaixas, sinalização especial e novos bicicletários. Também estão previstas ações educacionais e promocionais junto à população.
De acordo com o projeto piloto, os trajetos propostos para o Rio de Janeiro e para Niterói visam interligar os dois municípios da Região Metropolitana ao sistema de transporte sustentável. No Rio, serão 8,6 Km de ciclovia partindo da Praça Saens Peña até a Praça XV. Em Niterói, a via começará no Barreto e terminará no Gragoatá. O objetivo é integrar as malhas cicloviárias aos diferentes sistemas de transporte como metrô, barcas e ônibus.
“Em uma pesquisa preliminar, constatamos que apenas 3,24% das viagens na Região Metropolitana são feitas por bicicleta, e 34%, a pé. O Plano Diretor atuará no sentido de organizar estruturas e diretrizes para podermos elevar, de forma eficiente e responsável, tais índices de deslocamentos alternativos”, explicou o secretário de Transportes, Julio Lopes.
“Este Plano Diretor é o resultado de uma visão globalizada da Secretaria de Estado de Transportes. O transporte sustentável é uma tendência no mundo todo e, agora, estamos tendo a mesma oportunidade de usufruir desse modelo. No caso da Região Metropolitana, a proposta de integração entre os municípios é um complemento aos projetos regionais como os que Niterói e Rio estão realizando atualmente”, discursou o deputado Felipe Peixoto, ao ser convidado à palavra.
Durante a apresentação, a equipe da Nittrans foi elogiada pelos projetistas do IBI Group em função do trabalho de implementação da malha cicloviária na cidade de Niterói, em execução há alguns meses. Algumas ideias foram comparadas ao nível da Holanda como o caso do bike box.
Niterói: uma cidade cicloviária
Objetivo da Prefeitura é ter uma malha cicloviária de 60 Km
A implementação da malha cicloviária na cidade de Niterói está em franca expansão. Depois da sinalização das rotas cicláveis nas ruas internas do Centro e a instalação de paraciclos em diversos pontos da cidade, a Nittrans concluiu recentemente a demarcação de ciclofaixas nas avenidas 6 e 7 (Cafubá), João Brasil (Fonseca) e na Estrada do Engenho do Mato. A próxima etapa será a instalação dos tachões e as placas de sinalização dessas vias.
Em processo de execução, está a reforma da antiga ciclofaixa localizada no início da Estrada Velha de Maricá, em Maria Paula. O bairro ainda vai ganhar outra ciclofaixa na Rua Caetano Monteiro que fará ligação com a estrada.
“O transporte por bicicleta é uma excelente alternativa para percorrer curtas distâncias. O projeto cicloviário desenvolvido na cidade recebeu sugestões de vários usuários e segue modelos internacionais. A pista compartilhada que está sendo implementada na cidade, no momento, é uma tendência mundial. Precisamos entender a nova cultura e nos reeducarmos no trânsito”, afirma o deputado estadual Felipe Peixoto.
Segundo a Nittrans, a previsão é Niterói ter uma malha cicloviária de 60 Km.
Por Carolina Bittencourt