O vereador Felipe Peixoto, líder do PDT, apresentou projeto de lei que incentiva o armazenamento de águas pluviais para reaproveitamento e retardo da descarga na rede pública. O objetivo é contribuir para a redução do consumo de água potável.
O vereador Felipe Peixoto, líder do PDT, apresentou projeto de lei que incentiva o armazenamento de águas pluviais para reaproveitamento e retardo da descarga na rede pública.
O aproveitamento de água pluvial surge como uma medida capaz de enfrentar dois graves problemas. O primeiro é a escassez de água, que já atormenta um grande número de pessoas e alcançará proporções ainda maiores num futuro próximo. O segundo é a drenagem urbana. A chuva tem trazido graves conseqüências de ordem social e econômica devido à crescente urbanização, que nem sempre é acompanhada da infra-estrutura necessária para o desenvolvimento de uma cidade.
O sistema proposto por Felipe contribuirá para a redução das enchentes, retirando do sistema de drenagem um grande volume de água, já que boa parte da precipitação estará sendo captada e reservada.
O Brasil é um país privilegiado quanto a mananciais de água doce, contudo algumas regiões já apresentam escassez, em virtude do manejo inadequado ou do consumo muito elevado, como é o caso das regiões metropolitanas.
Não bastassem as razões ambientais, que são mais que suficientes para justificar este projeto, existem também as razões econômicas. Nosso manancial de água potável está localizado na bacia hidrográfica dos rios Macacu e Guapiaçu. No entanto, o aumento da demanda por água que será ocasionado pela implantação do pólo petroquímico em Itaboraí já preocupa. A Companhia Águas de Niterói já estuda a possibilidade de buscar água em outros mananciais, mais distantes, com maior custo para a empresa, o que certamente será repassado para o consumidor. Por todas essas razões, não se justifica, de forma alguma, o desperdício de água.
O armazenamento de águas pluviais irá contribuir para redução do consumo de água potável. Esta redução poderá chegar até 50% do consumo total, dependendo do grau de tratamento dado à água coletada, da área de captação e das características do clima local.