Na sessão plenária desta quarta-feira, o rolo compressor do governo funcionou mais uma vez e garantiu que o Presidente da CLIN Vítor Júnior, que está sendo questionado sobre a licitação do Projeto Aquarela, fosse convocado a prestar esclarecimentos sobre o caso. Após este fato, o vereador Felipe Peixoto apresentou requerimento para criação de CPI sobre o assunto. A CPI teria sido implementada não fosse a desistência do vereador Betinho (PSC), que no último momento retirou sua assinatura.
Comprometido com o bom andamento dos negócios do governo, o rolo compressor funcionou mais uma vez na sessão plenária desta quarta-feira e impediu a convocação do Presidente da CLIN, Vítor Júnior, para prestar esclarecimentos sobre denúncias no Projeto Aquarela (plantio de palmeiras na Avenida Marquês do Paraná).
Com 12 votos contrários, o plenário rejeitou requerimento apresentado pelo vereador Felipe Peixoto (PDT) convocando o Presidente da CLIN. A bancada governista argumentou que ainda não se possuía informações suficientes para expor Vítor Júnior publicamente.
No entanto, Felipe lembrou que o presidente da CLIN já havia sido convocado pela executiva do seu próprio partido para prestar esclarecimentos. O vereador afirmou durante a sessão que a Câmara, tal qual o partido, deveria solicitar a presença de Vítor Júnior, uma vez que o que está em discussão é dinheiro público.
Após a rejeição deste requerimento, o vereador Felipe viu-se obrigado a solicitar a criação de uma CPI para tratar do assunto. Recebeu o apoio dos vereadores Paulo Eduardo Gomes (PSOL), Renatinho (PSOL), Zaff (PDT), Marival Gomes (PPS) e Betinho (PSC). Este último, contudo, retirou sua assinatura após a entrega do requerimento, mas antes da CPI ser instalada.
A argumentação de Betinho era de que o presidente da CLIN se comprometera a enviar documentação explicando o ocorrido em até 24h. Afirmou ainda que, caso isso não acontecesse, entraria inclusive com ação contra a prefeitura por improbidade administrativa.
A saída de Betinho causou grande insatisfação aos vereadores que mantiveram suas assinaturas. Paulo Eduardo Gomes foi um dos maiores críticos à postura adotada pelo colega. Felipe Peixoto lamentou o fato, mas disse que segue na luta para esclarecer a fraude ocorrida no Projeto Aquarela.
É lamentável que o prefeito não siga o exemplo de seu próprio partido. Investigar irregularidades é dever de qualquer cidadão, principalmente daqueles que são eleitos para representar a população. É preciso apurar estes fatos até o fim e vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para tal afirmou Felipe.