Audiência do túnel lota plenário da Câmara

A Audiência Pública, convocada e presidida por Felipe Peixoto, lotou o plenário da Câmara. Aproximadamente 200 pessoas compareceram para discutir questões relativas ao túnel Charitas – Cafubá. O valor do pedágio a ser cobrado pela concessionária, objeto da mensagem enviada pelo executivo, foi apenas uns dos vários assuntos abordados. O traçado do projeto, os impactos nos seus dois acessos e a possível desapropriação dos moradores do morro do Preventório também foram questionados pelos participantes.

A Audiência Pública foi presidida pelo vereador Felipe Peixoto. O Poder Executivo foi representado pelo presidente da EMUSA, Filinto Branco e pela secretária de Serviços Públicos, Trânsito e Transporte, Dayse Monassa. Fizeram também parte da mesa os Administradores Regionais de São Francisco e de Piratininga, Srs. Fabio Ferreira Neto e Pedro Maciel; o Secretário de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia, Sr. Vitor Junior; diversos diretores de órgãos municipais; a Sra. Flora El Jaick Maranhão, representante da Companhia Estadual de Habitação – CEHAB além dos vereadores Paulo Eduardo Gomes, Renatinho, ZAF, Rodrigo Neves, André Diniz e Betinho.

O requerimento do vereador Felipe Peixoto, aprovado pelo plenário, foi motivado pela Mensagem Executiva que solicitava autorização para cobrança de pedágio de R$ 2,50 (ida e volta R$5,00). Porém, os debates foram pautados pela mudança do traçado original do túnel e dos impactos decorrentes nas áreas de entrada e saída.

Os momentos mais acalorados da Audiência ficaram por conta da possibilidade de remoção de moradores do Morro do Preventório. O assunto polemizou os debates. A principal reclamação da comunidade foi em relação à falta de informações e de esclarecimentos. Segundo os moradores, eles ficaram sabendo da construção de um túnel no local através dos jornais. Diante do fato, procuraram esclarecimentos junto a CEHAB, já que possuem documentos de permissão de uso expedido pelo então governo Brizola. A representante da companhia, Sra Flora, fez críticas a forma “pouco tática” da prefeitura no encaminhamento da questão. Segundo ela, embora o prazo de permissão de uso dos moradores já esteja vencido, a área pertence ao Estado. Os moradores estão se sentindo ameaçados. De acordo com o CEHAB, é preciso garantir a permanência das pessoas no local, discutir o projeto para saber se é viável ou não.

Em seu pronunciamento, o presidente da EMUSA, informou que os estudos estão na fase inicial, com possibilidade de não haver remoção. “Há grande chances de não precisar tirar nenhum morador do Preventório”, disse Filinto Branco. Apesar das colocações, os moradores não ficaram convencidos. Em vários pronunciamentos, os oradores manifestaram sua preocupação com o que poderá acontecer com as famílias que residem na área da obra. Um dos moradores fez questão de enumerar as várias perdas sofridas pela comunidade ao longo dos anos: campo de futebol (virou estacionamento com o advento da Estação do Catamarã), quebra-molas foram retirados, apesar do grande aumento do volume de tráfego, creche, delegacia. Até os dois módulos do médico de família, segundo ele, funcionam precáriamente.

De acordo com o presidente da EMUSA o novo local escolhido, passando pelo Preventório, se deu em função de critérios técnicos e financeiros. Pelo desenho antigo, com acesso nas imediações do Bingo Charitas, o túnel fazia um traçado em curva. Segundo Filinto, a manutenção dessa alternativa geraria altas indenizações para os moradores do loteamento Aruã. Mesmo com as explicações apresentadas, os moradores voltaram a criticar a mudança. Segundo alguns, mesmo que nenhuma casa seja desapropriada, a experiência do impacto gerado com a construção da Estação do Catamarã demonstra claramente o que vai acontecer com a região com a construção do túnel. Outro orador chegou a comparar o que vai se tornar o bairro de São Francisco com o que é, hoje, o bairro de Botafogo/RJ.

Nesta 3ª feira, 11 de julho, a mensagem do executivo sobre o pedágio no túnel foi a plenário para ser apreciada pelos vereadores. A discussão voltou a ser polêmica. O vereador Marival Gomes, pediu vistas ao processo. Enquanto isso, a votação está suspensa.

O vereador Felipe Peixoto entende que esta ligação é de grande importância para a cidade. Sua viabilização, através da cobrança de pedágio, pode ser uma alternativa. Porém, acha que o projeto deva ser exaustivamente discutido com a sociedade e, especialmente, pela Câmara Municipal.

“O debate em torno do assunto continua. A sociedade está mobilizada. Isso é fundamental para que o projeto seja entendido, discutido com as partes interessadas e aprimorado. Novas Audiências virão e a participação da população é fundamental ”, concluiu Felipe.

Felipe Peixoto

Durante seus mandatos, Felipe aprovou mais de 100 leis e presidiu importantes Comissões, como a do Foro e Laudêmio e a da Linha 3 do Metrô. Como Secretário de Estado, Felipe foi responsável por inúmeras realizações e projetos que beneficiaram todas as regiões do RJ. 

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