Com os diversos desabamentos e escorregamentos de encosta, a população de Niterói fica com a sensação de que a cidade está se desmanchando e como não há providencias por parte da Prefeitura, só resta apelar para forças divinas para que não chova forte.
A população de Niterói está com a sensação de que a cidade está se desmanchando. Neste verão as chuvas provocaram inúmeros desabamentos em diversos pontos da cidade. Todos causaram grande transtorno aos moradores e ao funcionamento da cidade. Um deles com vitima fatal.
No princípio o governo acusou as administrações anteriores de negligentes com as questões de contenção de encostas e de drenagem urbana. No final abandonou esse discurso. Em abril próximo, faz 4 anos que o atual Prefeito assumiu o comando da cidade, portanto, um mandato inteiro.
Ainda existem diversos pontos com a estabilidade comprometida. Se não forem tomadas soluções de emergência, mesmo como medidas paliativas, outros desabamentos ocorrerão, causando novos transtornos.
Dona Elvira, moradora da Travessa Faria, nos procurou para falar do desabamento ocorrido no local. Ela informou que sua casa foi construída há aproximadamente 50 anos e está situada na margem do rio Calimbá. O rio nasce no Viçoso Jardim, desce pelos fundos dos lotes da rua Noronha Torrezão até o Pé Pequeno. Corre paralelo à rua Itaguaí, cruza a travessa Faria passando junto ao limite do terreno onde está a casa da D. Elvira.
De acordo com seu relato, com as chuvas do dia 27 de janeiro, o muro que sustenta a margem do rio desabou parcialmente, com a força da água colocando em risco a segurança de sua moradia. Apesar de buscar apoio de vários órgãos da prefeitura e ser atendida com muita gentileza, nada foi feito de concreto.
Preocupada com sua segurança, solicitou de um engenheiro uma estimativa de custo da obra e foi informada que os reparos ficariam em torno de 20 mil reais, quantia muito elevada para um casal de aposentados. .
A situação requer cuidado. Se as águas de março fecharem o verão , com certeza o quadro se agravará, pondo em risco além da residência da D. Elvira, diversas edificações no seu entorno, inclusive uma creche municipal. Casos iguais a esse se repetem em diferentes bairros da cidade e não podem esperar. Com o passar do tempo e as chuvas que ainda estão por vir, a tendência é o agravamento da situação.
Estamos num mês geralmente marcado por fortes chuvas e por alto índice pluviométrico. Nossa cidade já foi castigada com a série de chuvas que ocorreram desde o final do ano passado. Diversos pontos estão expostos a novos deslizamentos e desabamentos. É necessário que a Prefeitura tome medidas urgentes para que novos acidentes sejam evitados. Se as intervenções continuarem no ritmo atual, só restará apelarmos para forças divinas. Em dias de chuva, cada cidadão terá que, em suas orações, pedir que ela não cause tantos estragos.