Evento teve ações de conscientização sobre direitos da mulher e educação sexual
Por Ana Carolina Mascarenhas
Quem passou pelo Largo da Carioca, no Centro do Rio, nesta quinta-feira 19, pode conhecer um pouco mais das ações do Governo do Estado para combater a violência contra mulher. Realizado pelas secretarias estaduais de Saúde e Assistência Social e Direitos Humanos, o evento contou com estandes informativos sobre direitos da mulher e educação sexual. Dados do 8º Anuário Brasileiro de Segurança Pública mostram que foram registrados no país cerca de 50 mil estupros em 2013.
Diante da importância de atendimento logo nas primeiras horas após a violência sexual, todas as unidades estaduais de urgência e emergência são preparadas para acolher as vítimas nesse momento tão difícil. A assistente social Rejane Santos Farias, da área técnica de Assuntos Contra Violência da SES, destaca a importância da rapidez no atendimento desses casos para a garantia da saúde da mulher.
– As vítimas são acolhidas, atendidas e examinadas por psicólogas e médicos especializados. Além disso, recebem medicação para evitar gravidez e doenças. Os medicamentos devem ser tomados em até 72 horas. Por isso, damos prioridade ao atendimento e não exigimos a apresentação de boletim de ocorrência, desconstruindo o mito de que a mulher precisa comprovar a veracidade do que ela alega – detalha Rejane.
O Hospital da Mulher Heloneida Stuart, em São João de Meriti, disponibiliza um núcleo do SOS Mulher que oferece atendimento especializado para vítimas da violência de gênero. De acordo com o coordenador do setor de Mastologia e Ginecologia, Luiz Augusto Santana, essa é uma medida essencial para quem busca ajuda por meios próprios ou através da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM).
– Temos um ambulatório especializado para atender vítimas de violência sexual. Funcionamos de domingo a domingo fornecendo todo o apoio necessário nesse momento tão delicado – explica Santana.
Atendimento humanizado para diminuir a dor – Para o assessor de Gestão da SES, Tadeu Marinonio, é provável que o número de casos de estupro seja maior do que o divulgado, já que muitas vítimas têm vergonha de prestar queixa. Por isso, todo o cuidado da rede estadual de saúde é importante para diminuir o sofrimento nesse momento.
– Através do Grupo de Trabalho de Atenção às Vítimas de Violência que acontece mensalmente na SES, a Assessoria de Humanização preconiza um atendimento humanizado através da sensibilização das equipes em todas as unidades de saúde de urgência e emergência do Estado. Este grupo foi o responsável por viabilizar o protocolo estadual de atendimento às vitimas de violência garantindo o acesso, acolhimento e profilaxias, além da notificação adequada.
Fonte: SES-RJ
