Indicação dos deputados Felipe Peixoto e Paulo Ramos permitirá construção de Emergência e Ambulatório
A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) acaba de aprovar o pedido de desapropriação de uma área no entorno do Hospital Oceânico, em Piratininga, em Niterói. Mesmo com o prédio central de cinco andares com 4.500 metros quadrados concluído há mais de três anos, a unidade construída para levar saúde pública à Região Oceânica – que tem uma população estimada em 100 mil moradores – nunca funcionou por falta de Emergência e Ambulatório. A conquista é resultado da indicação dos deputados estaduais Felipe Peixoto (PDT) e Paulo Ramos (PSOL), que solicitaram ao governador Pezão a declaração de utilidade pública para fins de desapropriação o imóvel de número 388 da Avenida Raul de Oliveira Rodrigues (antiga Avenida 7) e de outras três edificações que ocupam um terreno de mais de quase 1.600 metros quadrados em volta do complexo hospitalar.
A aprovação da Alerj foi no último dia 4, e representa um grande avanço para a chegada de um serviço de emergência na região. “É inadmissível vermos o abandono de um hospital com uma megaestrutura de salas de Raio-X, laboratórios e dezenas de leitos, enquanto a população está totalmente carente de atendimento médico. E olha que estamos falando de uma região que, além dos 100 mil moradores fixos, registra um crescimento anual de 12%, com um aumento considerável no verão e férias escolares, por conta de suas belas praias”, justifica o deputado Felipe Peixoto.
Para a professora Camila Ferreira, 35 anos e residindo próximo ao complexo abandonado, será um alívio ter finalmente um hospital público na região. “Muito bom ver que, finalmente, vão dar destino à essa estrutura. Dá pena de ver tudo parado, entregue ao abandono. A cidade é carente demais de hospitais, em especial, a Região Oceânica. Os casos de emergência seguem para o Azevedo Lima, a mais de dez quilômetros, o que muitas vezes pode ser fatal pela distância. Vai ser maravilhoso ter um hospital perto – comemora a professora.
Atuação na saúde – Felipe Peixoto é autor de outras indicações e medidas que buscam melhorias na área da saúde pública. Como vereador de Niterói, ele presidiu em 2009 a Comissão de Saúde da Câmara Municipal, e esteve à frente da elaboração do relatório de 45 páginas com problemas encontrados em vistorias realizadas nas 63 unidades da rede municipal de saúde e entregue na Fundação Municipal de Saúde. Já como deputado estadual, Felipe solicitou recentemente – com o também deputado Comte Bittencourt – a reforma geral do Hospital Estadual Azevedo Lima (HEAL), no Fonseca, incluindo a construção de uma UPA pediátrica e outra para idosos.
Outra solicitação do parlamentar foi a ampliação do programa Médico de Família na cidade, com a criação de mais três clínicas.
– As indicações visam ampliar os recentes investimentos que o Governo do Estado fez na saúde de Niterói, como a Clínica da Família inaugurada por Pezão em junho no Fonseca. Obra de mais de R$ 1,3 milhão e feita com 100% de recursos do estado, a unidade tem capacidade para atender até 10 mil pessoas por mês, e passou à administração municipal dentro do programa Saúde da Família – esclarece Felipe Peixoto.
Centro de Diagnóstico – Outro investimento do estado na saúde de Niterói é o Rio Imagem 2, Centro de Diagnóstico por Imagem a ser construído no terreno do antigo Hospital Santa Mônica, na Marques do Paraná, no Centro da cidade. Com a expectativa de repetir o sucesso do Rio Imagem 1, que funciona no Centro do Rio desde dezembro de 2011, a unidade tem obras de infraestrutura orçadas em R$ 23 milhões (também com 100% de recursos do estado) e contará com equipamentos de última geração para oferecer gratuitamente à população em geral exames mais sofisticados como tomografia computadorizada e ressonância.
Estrutura – Com vistas à estrutura de recursos humanos que essas novas unidades de Niterói demandarão, em maio desse ano o deputado Felipe Peixoto solicitou ao secretário Estadual de Saúde, a revisão dos salários de médicos servidores do estado. “O objetivo é adequar os salários desses profissionais, diante da incompatibilidade da remuneração em vigor com a de mercado e exigências da profissão”, adianta o deputado.
Por Fabíola Mar