Unidade faz parte de Centro Integrado que vai beneficiar 15 mil pescadores e sedia Superintendência do MPA
O Estado do Rio de Janeiro acaba de ganhar o seu primeiro Terminal Pesqueiro Público, uma das unidades do Centro Integrado de Pesca Artesanal (Cipar), instalado em uma área de 7.200m² na Avenida do Contorno, no bairro do Barreto, em Niterói, às margens da Baía de Guanabara e próximo à Ponte Rio-Niterói. A inauguração foi na manhã desta segunda-feira, 16, em evento presidido pelo ministro Marcelo Crivella, da Pesca e Aquicultura, e que reuniu mais de 300 pessoas, entre autoridades, pescadores e representatividade dos mais diversos profissionais envolvidos no projeto. Com capacidade para movimentar 25 toneladas/dia de pescado (podendo chegar a 120 toneladas/dia), o terminal tem estimativa de circulação diária de 500 pessoas e vai beneficiar 15 mil pescadores.
Um investimento de cerca de R$ 10 milhões do Ministério de Pesca e Aquicultura, o Cipar conta com um cais de 95 metros de extensão; amplas instalações como área de desembarque de pescado, comercialização e conservação; e abriga agora a sede da Superintendência Federal da Pesca e Aquicultura. A importância de todo o Centro para a economia assim como para os pescadores foi destacada pelo ministro Crivella e por todas as demais autoridades que falaram na inauguração, como Felipe Peixoto, à frente da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca, a Sedrap.
– O Cipar é um importante equipamento de apoio à pesca artesanal, com um terminal que vai proporcionar um espaço para agregação de valor ao pescado e busca de melhores canais de comercialização, reduzindo a ação de atravessadores. Mais do que isso, vai propiciar considerável melhoria na renda e na qualidade de vida dos pescadores artesanais. Esta é uma luta antiga da nossa Secretaria, não só para os pescadores como para a economia de nosso estado, que em breve vai ganhar a Cidade da Pesca, em Itaoca, São Gonçalo, onde prevemos a geração de 10 mil empregos. Nossa região é mesmo muita rica nessa área, com Niterói e São Gonçalo respondendo juntas por 90 mil toneladas/ano, quase metade da produção estadual de pescado. Niterói abriga ainda as principais representações da categoria no estado – disse Felipe Peixoto, idealizador do projeto da Cidade da Pesca.
Participação da Sedrap – Para a inauguração, foi preciso a retirada de carcaças do canal de São Lourenço, na Baía de Guanabara, que dificultavam a circulação dos pesqueiros. Em mais um trabalho de parceria, a Sedrap realizou minucioso levantamento para a localização e identificação das embarcações abandonadas, documento que serviu para nortear a Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) na retirada das carcaças para liberar a passagem aos barcos com o pescado a ser desembarcado no terminal.
Estrutura e comercialização – O Cipar dispõe também de silo de armazenagem para 80 toneladas, em uma estrutura com tratamento hidro-sanitária (que elimina o mau cheiro e a atração de pássaros e vetores nocivos à saúde), subunidades de abastecimento de água (doce e salgada), coleta de esgoto, posto de abastecimento de combustível, auditório, refeitório, telecentro e estacionamento para carros e caminhões. Seguindo os rígidos padrões de sanidade exigidos pelo Serviço de Inspeção Federal (SIF) e da Vigilância Sanitária, os peixes serão comercializados sempre frescos, sejam inteiros ou em postas.
Autoridades presentes – Entre as autoridades presentes à inauguração, estavam o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves; a superintendente federal da Pesca e Aquicultura, Suely Amaral; o presidente da Fundação Instituto de Pesca do Rio de Janeiro (Fiperj, órgão da Sedrap), José Bonifácio; representantes de instituições estaduais e federais que fomentam o setor; e ainda representantes de diversas entidades ligadas aos pescadores, como o presidente da Federação de Pescadores do Rio de Janeiro, José Maria Pulgas.
Ascom Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional