O tribunal questionou a licitação realizada há nove anos para erguer o trecho de um dos lotes do empreendimento entre Niterói e o bairro de Guaxindiba, em São Gonçalo.
O assessor especial de Projetos da Secretaria de Estado de Transportes (Setrans), Carlos Zavataro, afirmou, durante audiência da Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa (Alerj), nesta segunda-feira (27/06), que o Governo do estado depende de uma autorização do Tribunal de Contas da União (TCU) para construir a linha 3 do metrô, que ligará Itaboraí ao Rio. Segundo o técnico, o tribunal questionou a licitação realizada há nove anos para erguer o trecho de um dos lotes do empreendimento entre Niterói e o bairro de Guaxindiba, em São Gonçalo. Presidente da Comissão da Alerj, o deputado Marcelo Simão (PSB) lamentou a demora no início das obras. “Vamos continuar cobrando do Governo estadual para que esse processo tenha um desfecho o mais rápido possível, pois a população daquela região precisa do metrô”, afirmou o parlamentar.
Zavataro informou que o projeto de construção da Linha 3 foi dividido em três lotes, mas apenas um foi licitado. A previsão da secretaria é de que este lote, que deverá atender cerca de 350 mil passageiros por dia durante o primeiro ano de operação, seja concluído em dois anos a partir do início das intervenções estruturais. Ainda de acordo com a Setrans, este primeiro trecho de 23 quilômetros vai custar R$ 1,2 bilhão aos cofres públicos, sendo 80% deste valor custeados pelo Governo federal.
Segundo o professor de Engenharia da Universidade Federal do Rio (UFRJ) Fernando Mac Dowell, a obra é fundamental, pois se a linha 3 não for viabilizada entes do início da operação do Complexo Petroquímico do Rio (Comperj) os congestionamentos na Ponte Rio-Niterói poderiam aumentar em até 60%. “Levando-se em conta o aumento dos investimentos na Região Metropolitana, principalmente com a entrada em operação do Comperj, em Itaboraí, vamos passar a ter uma quantidade de veículos muito maior do que hoje trafegando por aquela região. Com isso, poderá haver um aumento de até 60% das horas congestionadas na Ponte Rio-Niterói”, apontou. “Esta nova linha metroviária vai resolver boa parte do problema”, completou.
Texto: Assessoria de Comunicação da Alerj