O Secretário de Saúde Alkamir Issa e a Secretária de Educação, Maria Inês de Azevedo, em reunião no Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino (SINEPE) com profissionais da área da educação, decidiram pelo adiamento das aulas para o dia 17 de agosto.
O Secretário de Saúde Alkamir Issa e a Secretária de Educação, Maria Inês de Azevedo, em reunião no Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino (SINEPE) com profissionais da área da educação, decidiram pelo adiamento das aulas para o dia 17 de agosto.
Durante a reunião, o subsecretário de saúde, Roberto Carlos Britto Barcellos, fez uma breve apresentação sobre o avanço da gripe no Estado e no Município. As informações não foram animadoras. De acordo com as informações passadas pelo subsecretário, até ontem, o Estado do Rio já tinha 17.277 casos de pessoas com doença respiratória grave, sendo que, a maior parte delas, com vírus H1N1.
Ainda de acordo com os dados, no Estado já foram registrados 70 óbitos suspeitos destes, 20 foram confirmados. Além disso, existem 139 pessoas internadas na rede estadual, dessas, 109 são grávidas e 13 estão internadas em terapia intensiva.
Já em Niterói, os números são outros, mas nem por isso menos preocupante. Na rede pública e privada já foram contabilizados 69 pacientes internados, sendo 26 grávidas. Dos 10 óbitos suspeitos na cidade, apenas um foi confirmado. Durante a reunião o secretário recebeu uma ligação que o informou a morte de uma criança de apenas um mês no Hospital de Clínicas de Niterói (HCN) com um quadro típico da nova gripe. Sendo assim, subiu para 11 o número de óbitos na cidade.
Essa apresentação nos dá substrato para a recomendação do adiamento das aulas para o dia 17. Não há argumentos contra fatos, esses são os fatos, afirmou o subsecretário de saúde.
Segundo Alkamir o adiamento é o mais prudente já que não existe uma certeza de como a pandemia de gripe vai se comportar.
Ao ser questionado sobre os cinemas, shoppings e teatros estarem cheios, Issa afirmou que o que ele pode fazer é orientar as pessoas a evitarem lugares fechados e aglomerações, mas vai de cada um deixar de ir a esses lugares, até porque, a secretaria não tem autonomia para decretar que esses estabelecimentos fechem.
Já os deputados pedem ao Governo igualdade para a rede privada na decisão de suspender as aulas. A Comissão de Educação da Assembléia Legislativa do Rio (Alerj), em audiência pública desta quinta-feira, 06 de agosto, decidiu enviar ao governador Sérgio Cabral uma indicação legislativa propondo um decreto oficial definindo um novo calendário a ser seguido por todas as unidades escolares do estado para o ano letivo de 2009, devido à suspensão das aulas em virtude do vírus H1N1. De acordo com o presidente da comissão, deputado Comte Bittencourt (PPS), já que o estado suspendeu as aulas na rede pública, a orientação tem que ser a mesma para a rede privada. A população precisa saber de quem é a responsabilidade final de qualquer consequência dessa orientação, afirmou o parlamentar.
Comte declarou ainda que pretende ir a Brasília para conversar com o ministro da Educação, Fernando Haddad, sobre o cumprimento dos 200 dias letivos obrigatórios nas escolas. Segundo ele é preciso levar em conta os alunos que farão o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e os que vão prestar vestibular, para que não sejam prejudicados.