Policlínicas inauguradas no fim do ano passado não passam de unidades básicas

A última eleição foi marcada por uma grande rejeição da população ao governo de Godofredo Pinto. Nos últimos dois meses de sua gestão, no entanto, o então prefeito lançou mão de algumas ações na tentativa de recuperar sua imagem. Entre estas ações, constavam duas obras na área da saúde: as unidades básicas do Caramujo e do Cantagalo passariam por grande reforma com o objetivo de convertê-las em policlínicas comunitárias.

A última eleição foi marcada por uma grande rejeição da população ao governo de Godofredo Pinto. Nos últimos dois meses de sua gestão, no entanto, o então prefeito lançou mão de algumas ações na tentativa de recuperar sua imagem. Entre estas ações, constavam duas obras na área da saúde: as unidades básicas do Caramujo e do Cantagalo passariam por grande reforma com o objetivo de convertê-las em policlínicas comunitárias.

Unidades básicas, como o próprio nome diz, são unidades de saúde de atendimento a demandas simples. São os famosos “postinhos de saúde”. Abrigam clínicos, pediatras, ginecologistas e nutricionistas. Em Niterói, o atendimento básico é feito preferencialmente através do Programa Médico de Família. Nos locais não cobertos pelo programa, este tipo de atendimento é feito pelas unidades básicas.

As policlínicas, por sua vez, são unidades de atendimento secundário. Possuem as principais especialidades médicas: dermatologia, cardiologia, endocrinologia, entre outras. As policlínicas precisam de equipamentos mais avançados, estrutura ampliada e, claro, mais funcionários.

O que aconteceu no Caramujo e no Cantagalo foi uma situação peculiar. As unidades passaram por pintura e por alguns consertos. E só. Foi o bastante para que a administração petista considerasse que havia ali duas policlínicas.

No Cantagalo, o telhado que havia sido reformado em dezembro já apresentava vazamentos em fevereiro. No Caramujo, não havia sequer sala para pré-atendimento e banheiros estavam sem trancas. Nenhuma das unidades possuía salas suficientes para atender à demanda, ambulância e nem mesmo os médicos especialistas que são necessários ao funcionamento de uma policlínica.

O problema mais grave, no entanto, talvez seja o fato de que, ao converter uma unidade básica em policlínica, o governo cria um vácuo no atendimento básico. Se não houver a criação de uma nova unidade básica ou módulo do Médico de Família, a policlínica em questão continuará sendo referência para o atendimento básico naquele local, acabando por acumular funções e confundir o usuário da rede de saúde. Por hora, as duas unidades ainda refutam o conceito de policlínica, funcionando apenas como unidades básicas.

A Policlínica do Caramujo tem ainda um problema extra: ela divide espaço com um Módulo do Médico de Família que possui quatro setores, sendo um de residência médica. A “policlínica” possui apenas 3 consultórios.

Felipe Peixoto

Durante seus mandatos, Felipe aprovou mais de 100 leis e presidiu importantes Comissões, como a do Foro e Laudêmio e a da Linha 3 do Metrô. Como Secretário de Estado, Felipe foi responsável por inúmeras realizações e projetos que beneficiaram todas as regiões do RJ. 

 Leia mais sobre Felipe

Facebook
LinkedIn
Twitter
WhatsApp
Email

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

  • Palavra-Chave

  • Tipo

  • Tema

  • Ano

  • Cargo

TALVEZ VOCÊ GOSTE TAMBÉM