Felipe acompanhou de perto a elaboração do Plano de Drenagem da Região Oceânica. Conhece como ninguém os problemas de enchentes da região e, com freqüência, destaca esta questão no plenário da Câmara e nas matérias veiculadas pela imprensa.
Recentemente, o governo municipal apresentou um programa de pavimentação de logradouros que não contemplava a drenagem e foi duramente criticado por Felipe, pois todo o serviço seria inútil e se deterioraria rapidamente caso não fosse acompanhado da drenagem.
Dentre os principais problemas Felipe relaciona as obras das três microbacias hidrográficas do Cafubá e Residencial Fazendinha; a drenagem do Santo Antônio; a drenagem do Vale das Esmeraldas e das ruas 9, 23 e 31, todas do Soter; a retificação do Rio da Vala, no Maravista; e a solução do crônico problema de enchente na entrada de Itacoatiara.
O caso do Bairro Santo Antônio é dramático. Por sua conformação topográfica, pela ocupação urbana desordenada, pelo aterro indiscriminado de uma área de brejo que deveria ter sido preservada, e, principalmente, pela falta de um sistema de drenagem adequado, os moradores deste bairro sofrem com enchentes de grandes proporções toda vez que chove com maior intensidade.
Felipe sempre deu prioridade a esta obra. Quando foi Secretário Regional dedicava-se à limpeza dos canais e à desobstrução das manilhas. Percebendo que isto não era suficiente, buscou elaborar um novo projeto de drenagem para o bairro, o que foi feito com a contratação de empresa especializada que estudou alternativas para solucionar o problema.
Na Câmara Municipal Felipe continuou lutando para conseguir recursos para a obra, tendo apresentado emenda ao orçamento do município com este objetivo. Por outro lado, os moradores, revoltados e cansados de esperar por soluções, também se mobilizaram com a criação do movimento Lama Nunca Mais, que busca chamar a atenção das autoridades para este tema. Várias reuniões foram realizadas, reportagens foram publicadas e, de todas as formas possíveis, os moradores pressionaram o governo.
Felipe colocou seu mandato como instrumento da luta dos moradores e convocou uma Audiência Pública sobre o assunto. Nesta reunião, realizada no Colégio Laplace, a Prefeitura anunciou a assinatura de convênio com o Ministério da Integração Nacional, onde as partes se comprometiam a dividir os custos da obra, orçada em R$ 12 milhões de reais, com prazo de conclusão em 12 meses.
Entretanto, para grande decepção da comunidade, a obra não começou. No local, apenas um barracão e uma placa. Uma disputa judicial entre as empresas que participaram do processo de licitação impede o início das obras. Felipe espera que o impasse possa ser logo resolvido e que os recursos arduamente conquistados possam ser aplicados na solução de um problema que ninguém agüenta mais esperar ser resolvido.