Numa decisão que frustra as expectativas da cidade, a Petrobras descartou a possibilidade de Niterói vir a sediar a Unidade de Negócios que vai gerir a produção de gás e petróleo da bacia de Santos, que se estende da Região dos Lagos do Rio até o norte de Santa Catarina. Com isso, a cidade perde uma grande oportunidade de receber investimentos vultosos na área comercial do Centro, que seria revitalizado revertendo a tendência atual de estagnação e esvaziamento econômico.
Numa decisão que frustra as expectativas da cidade, a Petrobras descartou a possibilidade de Niterói vir a sediar a Unidade de Negócios que vai gerir a produção de gás e petróleo da bacia de Santos, que se estende da Região dos Lagos do Rio até o norte de Santa Catarina. Com isso, a cidade perde uma grande oportunidade de receber investimentos vultosos na área comercial do Centro, que seria revitalizado revertendo a tendência atual de estagnação e esvaziamento econômico.
A estatal alegou motivos técnicos, entretanto, especialistas discordam e suspeitam que critérios políticos tenham sido decisivos, já que o PT busca ganhar a simpatia dos setores industriais paulistas para as próximas eleições. O senador Aloizio Mercadante, pré-candidato ao governo de São Paulo e natural de Santos, defendeu a escolha de sua cidade justificando que 52% da bacia estão no litoral de São Paulo. Já Wagner Victer, Secretário de Energia, Industria Naval e Petróleo do Rio, argumenta que as principais reservas da bacia se encontram no litoral do Estado do Rio e que o conhecimento tecnológico de petróleo também se concentra no Rio.
Segundo Victer, é mais uma facada contra o Estado do Rio e Niterói, a cidade têm as melhores condições de receber essas instalações; já conta com infra-estrutura de apoio marítimo para as operações e tem três portos voltados para a indústria do petróleo: o terminal do estaleiro MacLaren, o de Niterói e o da Brasco. O vereador Felipe Peixoto concorda e acrescenta que as lideranças políticas e empresariais do Estado do Rio de Janeiro deveriam se unir, superando divergências partidárias, na defesa dos interesses de Niterói e do Estado.
Segen Estefen, coordenador dos Programas de Engenharia Oceânica da Coppe/UFRJ, é outro que estranha a decisão da Petrobras: Sem bairrismos, o centro do conhecimento do petróleo é o Rio. Então por que se afastar dele? É preciso saber as razões, para decidir o que é melhor para o país.
Felipe Peixoto lamenta que as gestões do Prefeito Godofredo Pinto não tenham sido suficientes para enfrentar a supremacia paulista instalada em Brasília, no chamado Paulistério, mas estranha a passividade do Chefe do Executivo Municipal diante de mais essa demonstração de desprestígio junto ao Governo Federal. A Prefeitura tem apostado muito nas relações com Brasília mas, até agora, os resultados são decepcionantes para Niterói.