Esta semana embarquei com o governador Sergio Cabral para Medellín, na Colômbia, para conhecermos mais sobre projetos muito interessantes que são desenvolvidos no país e que em muito se assemelham ao que desenvolvemos para o Rio de Janeiro. Entre eles está o BRT (Bus Rapid Transit), desenvolvido inicialmente no Brasil, mas que evoluiu com os colombianos e hoje estamos aprendendo com seus avanços.
Na terça-feira (17), participei de uma reunião com os técnicos da MetroPlus, uma empresa pública que opera o metro, o BRT e os Metro Cables (teleféricos). Momento único e muito útil para ver como, de fato, funciona um sistema de transporte integrado a vários modais. O cidadão pode andar de BRT, metro e teleférico com uma tarifa única de R$ 1,50, cruzando toda a cidade. O teleférico, inclusive é um projeto muito interessante que o Governo do Estado adotou no Complexo do Alemão integrado ao sistema de trens da Supervia. Quem não conhece, deve conhecer!
O sistema BRT agrega um modelo específico de transporte coletivo. São veículos articulados ou biarticulados que trafegam em canaletas ou em vias elevadas. Só para se ter uma ideia, o BRT de Bogotá, por exemplo, transporta 1 milhão de pessoas, diariamente. Essa é a meta que o Governo do Estado espera atingir com a melhoria do sistema de trens do Rio.
O município do Rio saiu na frente. Já possui o sistema BRS (Bus Rapid System), que destina um corredor exclusivo para ônibus, cuja prioridade é a organização do tráfego, gerando mais fluidez no trânsito e mais comodidade para os usuários. Além disso, está construindo a TransOeste e irá implantar os projetos TransBrasil e TransCarioca.
Niterói também terá esse sistema, desenvolvido por Jaime Lerner, mesmo criador do BRT. Para a cidade, ele apresentou um belo projeto de readequação do sistema viário que deve sair do papel com a implantação do BRS na Roberto Silveira e Gavião Peixoto, em Icaraí, que logo deve se expandir para toda a cidade.
Estar em contato com países que vivenciam experiências semelhantes às nossas é muito positivo. Primeiro pela identificação. Depois, porque nos deparamos com os mesmos desafios e buscamos inspiração para superá-los. Continuamos em viagem. Está sendo uma experiência ótima.