Semana passada, participei do programa Rio em Foco da TV Alerj juntamente com o professor de biologia da UFRJ, Maulori Cabral, e o presidente da Associação de Aquicultores, Wilson Vianna, para falar sobre as possibilidades da produção marinha no Estado.
O potencial pesqueiro do Estado do Rio de Janeiro é grande, mas não recebeu o apoio devido nos últimos anos. No passado, chegou a ser o 2º maior produtor de pescado do país. Mesmo com a queda, ainda figura como o 2º mercado consumidor do alimento no Brasil sendo responsável, até hoje, por fixar o valor do pescado no país inteiro.
O Rio perdeu muito por não ter um controle estatístico da sua produção pesqueira e por não dar incentivos aos pescadores e às indústrias de processamento. O resultado disso é ver nosso pescado ser processado em Santa Catarina.
Quando o governador Sérgio Cabral decidiu vincular a Pesca à nova Secretaria de Desenvolvimento Regional, ele quis reverter este cenário, utilizando a atividade como potencial gerador de emprego, renda e desenvolvimento para o Estado. O Rio de Janeiro tem muito pescado e é uma atividade altamente empregadora.
Seguindo essa orientação, através da Fiperj – instituição vinculada à Secretaria – fechamos uma parceria com o Ministério da Pesca para monitorar os dados estatísticos. O controle do pescado já está sendo realizado em Paraty, Angra dos Reis, Niterói, São Gonçalo e Cabo Frio.
Com as restrições cada vez maiores à pesca predatória, a aquicultura torna-se uma alternativa. O Ministério da Pesca já afirmou que o Rio de Janeiro é um excelente lugar para criar peixe em cativeiro. Nossa grande vantagem é possuir águas profundas próximas da costa.
A aquicultura tem sido considerada o futuro da produção do pescado no país. Concordamos com esta orientação do governo federal e estamos trabalhando para promover a atividade em nosso Estado.
Um exemplo disso é o incentivo à criação do peixe bijupirá em parceria com a Faperj em Angra dos Reis. Pretendemos promover o cultivo da espécie entre os pescadores do Rio de Janeiro, mas antes desejamos encontrar a melhor ração para a espécie. Para solucionar isso, Vamos realizar um seminário internacional para discutir as pesquisas sobre o tema com especialistas do mundo inteiro.
Outra proposta tem relação com o cultivo de microalgas. Além de alimento, a planta aquática é um potencial recurso de energia renovável. Estamos conversando com o Instituto Nacional de Tecnologia para fechar uma parceria voltada a utilização das microalgas na geração de biocombustíveis. Uma excelente oportunidade para o Rio de Janeiro tornar-se referência na produção de energias renováveis. Uma política que já destacou o Brasil no mundo inteiro.
Assista toda a entrevista nos vídeos abaixo.
Parte 1
Programa 60 – Aquicultura – Parte 1 de 4 por rioemfoco no Videolog.tv.
Parte 2
Programa 60 – Aquicultura – Parte 2 de 4 por rioemfoco no Videolog.tv.
Parte 3
Programa 60 – Aquicultura – Parte 3 de 4 por rioemfoco no Videolog.tv.
Parte 4
Programa 60 – Aquicultura – Parte 4 de 4 por rioemfoco no Videolog.tv.