O multibilionário Bill Gates, fundador da Microsoft, já profetizou: a curto prazo, em dois, três anos, a maior parte das reuniões virtuais migrará de plataformas como Zoom e Skype para um espaço 3D, com o uso de óculos de realidade virtual e luvas para capturar movimentos.
Seul, capital da Coréia do Sul, anunciou investimentos que possibilitarão aos moradores da cidade, também com o uso da realidade virtual e da realidade aumentada, “ir” à sede da Prefeitura, visitar um ponto turístico ou dar entrada em ações civis civis sem sair de casa.
Estas e inúmeras outras novidades – que incluem a própria mudança do nome da holding que controla o Facebook, que passa a se chamar Meta – compõem o cenário do chamado Metaverso, ambiente virtual que deve suceder a internet como a conhecemos, e que poderá render até US$ 1 trilhão/ano para as gigantes da tecnologia.
Para muito além dos ganhos financeiros, o Metaverso representa a entrada em um mundo que até hoje existia na ficção – em filmes como ‘Jogador número 1″ e “Sword art online” – e em games, como Fortnite e Roblox. Um mundo em que comunicação, diversão e negócios acontecerão de maneira imersiva.
Assim como o boom das videoconferências, registrado na pandemia da covid-19, foi possível graças ao fato de muitos já contarem com computadores com câmeras e smartphones, o Metaverso dependerá da chegada ao maior número de pessoas possível de dispositivos que acessem a realidade virtual, realidade aumentada e outras tecnologias.
Especialista em cidades inteligentes, Embaixador do Centro de Operações Rio e palestrante em nosso seminário Rio Cidade Inteligente, Renato de Castro conta que o projeto do Metaverso de Seul prevê que pessoas de todas as idades se beneficiem dos novos recursos disponibilizados pela prefeitura, e que a inclusão será um dos objetivos do projeto.
A capital sul-coreana contempla, inclusive, o desenvolvimento de serviços com conteúdo de segurança e acessibilidade para atender à população em vulnerabilidade social.
Todos nós estamos testemunhando o início de uma nova era, que será dinamizada no Brasil pela chegada da conexão 5G, de altíssima velocidade. Como não poderia deixar de ser, nossa Coordenadoria está de olhos bem abertos para estes movimentos, atenta a projetos em fase de desenvolvimento e nas experiências que começam a ser conhecidas mundo afora.