O massacre na Escola Municipal Tasso da Silveira em Realengo, no Rio, foi um ato bárbaro. Um crime injustificável, realizado com a posse de duas armas e muita munição.
Há anos a sociedade brasileira luta contra um tumor maligno que são as armas. Em 2005, foi realizado um referendo para proibir a venda de armas no país. Mas o medo das pessoas em função da violência urbana provocada por facções criminosas e gangues não permitiu esse avanço. Venceu o argumento de que arma é proteção.
Concordo com o analista criminal Guaracy Mingardi que diz: “sem arma, as pessoas ficam menos valentes. E a ausência delas evita a ocorrência de ações por impulso e impede ações como a de hoje”. Na minha opinião, tolerância zero para a posse de arma! Todas as que forem encontradas deveriam ser destruídas. Precisamos impedir o acesso da população a elas.
Precisamos acabar com as cenas recorrentes de ataques de pais contra seus filhos, filhos contra pais, namorados ou maridos contra suas mulheres, amigos contra amigos, mortes em mesas de bar, no trânsito, dentre muitos outros casos que acontecem todos os dias e tem como coadjuvante uma arma em punho.
Devemos ampliar a discussão para encontrar meios eficazes de controlar o fluxo de armas no Brasil. Precisamos de soluções para a entrada de armamentos ilegais na fronteira, desvio de armas apreendidas nas polícias e comércio ilegal. Só assim, impediremos casos bizarros como o de ontem.