Um imenso campo de gás e condensado, localizado na Bacia de Campos, pode trazer muitos benefícios para o nosso estado e para o nosso país. Trata-se do campo BM-C-33, que será explorado por meio de uma parceria entre a Petrobras, Equinor e Repsol Sinopec. As três empresas anunciaram um investimento conjunto de aproximadamente US$ 9 bilhões no projeto, que abrange três descobertas diferentes no pré-sal, com reservas recuperáveis de mais de um bilhão de barris de óleo equivalente, com as operações de campo previstas para começar em 2028.
O impacto deste investimento na criação de empregos e a geração de riqueza em nosso estado é muito relevante. São 50 mil postos de trabalho considerando toda a cadeia produtiva. Para que seja viabilizado, no entanto, é preciso ampliar a rede de distribuição de gás existente, uma vez que a produção associada ao projeto se juntará à oferta adicional de outras rotas já em operação.
No Rio de Janeiro, já há um estudo pronto para a criação de três novas rotas internas que levem gás a regiões que ainda não recebem, com o objetivo de tornar o gás um vetor de desenvolvimento regional. O gás natural, embora seja uma fonte de energia fóssil, é ainda uma importante alternativa para redução da emissão de carbono e, com isso, reduzir o impacto do consumo de energia no aquecimento global. A oferta adicional de gás pode permitir ainda a retomada de atividades importantes como a produção de metanol no país, hoje importado, essencial para a produção de biocombustíveis.
O estado do Rio é o segundo maior consumidor de gás no Brasil, com a imensa maior parte desse consumo sendo usado em sua forma veicular. A capacidade de escoamento de gás esperada é de 16 milhões de métros cúbicos por dia, o que corresponde a 15% de toda a demanda nacional.
Trata-se, ao mesmo tempo, de uma oportunidade e de um desafio, que exige do Governo do Estado ação imediata na reorganização da nossa rede de distribuição.
