As regiões Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro vivem um drama por causa das chuvas de verão. Os rios Pomba e Muriaé não suportaram o volume de água que caiu sobre a Zona da Mata mineira e transbordou, provocando enchentes e deixando os municípios de Laje do Muriaé, Santo Antônio de Pádua, Itaperuna, Italva, Cardoso Moreira, Miracema e Aperibé em situação de emergência.
De terça a quinta-feira, os moradores dessas cidades ficaram totalmente ilhados, muitos sem condição de sair de casa, enquanto outros precisaram sair rapidamente e procurar abrigo em casa de parentes, amigos ou escolas públicas. Apesar do cenário triste e desolador, somente uma morte foi confirmada até agora. A de um senhor em Laje do Muriaé.
Passei a semana me comunicando com o Secretário de Defesa Civil, Coronel Sérgio Simões e com funcionários da Secretaria de Desenvolvimento Regional e a Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro que moram e trabalham na localidade. Recebi muitas mensagens também pelas redes sociais de moradores que desejavam compartilhar informações.
Somente assim foi possível saber que os pescadores da região e as comunidades ribeirinhas estão bem. Estão traumatizados, alguns perderam coisas, mas todos vivos e bem. Em Miracema, Pádua e Aperibé, o nível do Rio Pomba baixou, mas continua alto e todos continuam em alerta em função das chuvas previstas para o fim de semana e o temor do rompimento de uma represa em Cataguases (MG). No momento, os moradores limpam suas casas e contam os prejuízos.
Em Miracema, por ter sido menos afetada, os habitantes começaram uma campanha para arrecadar donativos e se mobilizaram para ajudar as cidades vizinhas.
As cidades cortadas pelo Rio Muriaé vivem um pouco diferente principalmente em Laje do Muriaé onde o Centro da cidade continua embaixo d’água. Por lá, só se trafega de barco. Esse é o município mais atingido pelas cheia do rio. No pior momento, a enchente cobriu 80% do território. O nível do Rio Muriaé também baixou, mas ainda transborda o que leva essas cidades a apresentarem alagamentos.
Em Itaperuna, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais ficou em isolamento com outras famílias por três dias. Tinha alimentos, mas não gás. A dificuldade de acesso só permitiu que recebesse o botijão na quinta.
Cardoso Moreira e Campos são as cidades mais atingidas da região Norte. Esta última, agora enfrenta a destruição de parte da BR 356 que separa o Rio Muriaé do bairro de Três Vendas.
O Governo do Estado, felizmente, este ano está melhor preparado para enfrentar as adversidades causadas pelas chuvas e vem socorrendo com agilidade as vítimas da calamidade.
Agora, é a hora de ajudar também nossos irmãos do Norte e Noroeste. Além da equipe da secretaria que já está na região avaliando as necessidades dos municípios, estamos organizando uma campanha de ajuda humanitária. A partir desta segunda-feira estarão funcionando pontos de coleta de mantimentos nas sedes da Sedrap, Fiperj e Ceasa. Os donativos serão enviados para o Centro de Coordenação da Defesa Civil montado no CIEP de Itaperuna.
Os itens de maior necessidade são: água potável, alimentos não perecíveis, leite longa vida ou em pó, produtos de higiene (fraldas descartáveis, sabonete e escova de dente), material de limpeza (água sanitária, pano de chão, desinfetante, esponja, sabão em barra e em pó) e colchonetes.
Os endereços para a entrega das doações são:
Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional
Praça Fonseca Ramos, sº/n, Rodoviária de Niterói, 2º andar
Telefones: (21) 2333-8276
Fiperj
Alameda São Boaventura, 770, Horto de Niterói, Fonseca, Niterói
Telefones: (21) 3601-5131 / 3601-5815
Ceasa Irajá
Avenida Brasil, nº 19.001, Irajá, Rio de Janeiro
O recebimento será realizado no térreo da sede da administração.
Telefones: (21) 2333-8276