O Governo do Estado inaugurou na segunda, dia 22, a Delegacia de Descoberta de Paradeiros (a DDPA), na Cidade da Polícia, no Jacarezinho, Zona Norte do Rio, dentro do Programa Delegacia Legal. A unidade que vai funcionar 24 horas durante toda a semana e investigar casos ocorridos na capital, começou a operar com dois núcleos de atuação: um específico para investigação de crianças e adolescentes desaparecidos, e um para adultos.
Esses dois núcleos são fruto de um convênio com a Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH) que vão prestar serviços de assistência social e psicologia. O diferencial da DDPA será, justamente, a estrutura oferecida aos parentes das vítimas.
O Disque-Desaparecidos (pelo número 197) também será implantado na unidade e vai funcionar nos mesmos moldes do Disque-Denúncia. Assim, qualquer pessoa que tiver pistas sobre o paradeiro de alguém desaparecido poderá passar as informações sem revelar sua identidade.
Um levantamento do Instituto de Segurança Pública (o ISP) mostrou que foram registrados, de 2007 a 2014, quase 42 mil desaparecimentos no estado. Com um índice de solução dos casos relativamente alto, em torno de 65%.
Os casos que antes eram de responsabilidade da Seção de Descoberta de Paradeiro (SDP), vinculada à DH da capital, ficarão com a DDPA. Os ocorridos na região da Baixada, Niterói, São Gonçalo e Itaboraí continuarão, respectivamente, sendo investigados pelas SDP das DHs dos municípios. Sendo assim, assim que a delegacia distrital fizer o registro, logo será encaminhado, através um serviço online, para a DDPA que vai acionar a rede de comunicação e iniciar o processo de busca do desaparecido.
A Delegacia de Descoberta de Paradeiros tem por objetivo minimizar a angústia dessas famílias e evitar que as pessoas passem por uma peregrinação sem rumo e sem informações razoáveis. E tem a melhor experiência de tratamento do tema no Brasil em termos de estrutura e atendimento especializado.