Semana passada a Biblioteca Estadual de Niterói comemorou um ano de sua reinauguração. O prédio histórico, do início do século XX, reabriu as portas com o novo conceito de uma biblioteca parque. Inspirado na experiência de Medellín, na Colômbia, o projeto buscou organizar o espaço da biblioteca com o objetivo de promover o acesso mais fácil à informação e favorecer a inclusão social.
Desde 2004, quando foi liberada a verba para as obras de restauração do espaço, acompanhei as decisões do governo estadual em relação à biblioteca. Além do seu papel educacional, a Biblioteca Estadual de Niterói também é uma referência em arquitetura. O prédio compõe um dos mais belos conjuntos arquitetônicos de nossa cidade.
Hoje, o espaço reúne mais de 50 mil publicações atualizadas, sendo 157 para deficientes visuais. Circulam pela BEN uma média mensal de cinco mil visitantes. Além disso, a biblioteca festeja a conquista de um público adicional.
Pessoas em situação de rua também passaram a frequentar a biblioteca e encontram ali uma forma de socialização. No início, os novos visitantes apenas utilizavam o espaço para descanso e convivência, mas logo a curiosidade não resistiu aos atrativos do acervo e serviço. Com o propósito de realizarem cadastro na biblioteca, estes visitantes adquiriram documentos de identificação e comprovantes de albergue. Dessa forma, resgataram a sua autoestima e cidadania.
Realmente, o resultado da reforma ficou excepcional. Os novos ambientes mais organizados e descontraídos, modernos recursos tecnológicos e computadores com acesso gratuito à internet permitem que o visitante tenha uma experiência mais divertida que vai além de apenas ler um livro. A inclusão social pode e deve ser feita com acesso ao conhecimento, esse é o papel principal da biblioteca. Estou muito satisfeito com esse novo cenário. Conheça você também!